A má higienização é uma das principais causas do problema. Os restos de alimento que ficam na boca são fermentados pelas bactérias que já vivem ali e tornam-se ácidos. O tecido é então amolecido e uma cavidade se forma.
Há quase duas décadas cientistas brasileiros trabalham para encontrar um laser que possa ser usado em tratamentos dentários sem prejudicar os dentes. Denise Maria Zezell, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), explica que uma das razões físicas pelas quais a irradiação a laser associada ao flúor inibe a progressão da cárie radicular é o aumento do diâmetro dos cristais de hidroxiapatita, que compõe o esmalte e dentina, após o procedimento.
A pesquisadora explica também que o tratamento com flúor atinge em média 21% de prevenção de cáries, número que aumentou para 60,2% de prevenção a associação da irradiação laser à aplicação de fluoreto. Segundo Zezell, para que o tratamento mantenha os resultados, é necessário que o procedimento seja repetido todos os anos.
"O tratamento não requer anestesia e é relativamente rápido, indicando um potencial de atendimento em larga escala. Além disso, deve-se levar em consideração que a irradiação laser promove efeitos mais duradouros do que a aplicação tópica de flúor isoladamente, o que leva à menor necessidade de consultas periódicas preventivas. Se houver uma política de inclusão de alta tecnologia em postos de atendimento do SUS, acreditamos que o custo do equipamento seja rapidamente compensado”, finaliza.
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