Analisando jovens de ambos os sexos e idades entre 15 e 20 anos, pesquisadores suecos concluíram que, apesar das mulheres perceberem mais as situações de risco, não existem diferenças de gênero para adoção desse comportamento.
Realizado pela Universidade de Gotemburgo, o estudo mostra que no país o comportamento vai contra o que apontam estudos realizados em outras partes do mundo, na qual os homens tendem a assumir situações de risco com mais freqüência que as mulheres.
"Às meninas têm sido dado um maior acesso à esfera pública, de modo que elas querem se comportar como os meninos, e elas certamente o fazem", diz Margareta Bohlin, autora da pesquisa.
A pesquisadora realizou entrevistas com os jovens a fim de determinar qual o raciocínio desses sobre o comportamento de risco. As discussões mostraram que, na visão feminina, os homens têm dificuldade em mostrar sua vulnerabilidade.
Para Bohlin, apesar de campanhas educativas terem seu valor, nem sempre vão surtir efeito. Segundo a pesquisadora, o comportamento de risco faz parte do processo de amadurecimento do jovem.
"As campanhas de informação enfocando a morte catastrófica não funcionam", diz Bohlin. "Eles simplesmente as ignoram. Penso que os adultos têm de compreender que os riscos também dão sentido à vida do adolescente".
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