quinta-feira, 30 de junho de 2011

Doença Aterosclerótica em mulheres exige maiores cuidados

Cerca de 40% da população adulta do Brasil é afetada pela Doença Aterosclerótica, e apesar de a condição ser mais comum em homens, mulheres atingidas por ela exigem cuidados especiais.
A Doença Aterosclerótica é caracterizada por um acúmulo de gordura nas artérias, dificultando a passagem do sangue ou até mesmo bloqueando o fluxo.
O organismo feminino é diferente do masculino. As artérias são mais estreitas e o batimento cardíaco é mais rápido.  As probabilidades das mulheres desenvolverem doenças cardíacas são maiores do que as dos homens, e a taxa de mortalidade também. As chances de uma mulher que sofreu um infarto morrer são 50% maiores do que as de um homem.
De acordo com o médico Raul Dias dos Santos, diretor da SOCESP, o maior desafio é a detecção da doença, já que ela é assintomática. Quando diagnosticado com a condição, o paciente deve fazer modificações nos seus hábitos e, quando necessário, fazer uso de medicamentos.
Raul explica que “é preciso agir preventivamente para evitar a manifestação da doença. Quando a angina (dor no peito) chega, por exemplo, muitas vezes já é tarde demais, o paciente está prestes a ter um infarto”.
De acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), a expectativa é que em 20 anos o número de mortes de mulheres devido a doenças do coração ultrapasse o de homens. Por isso, mulheres devem estar atentas às diretrizes de prevenção, controlando fatores de risco e fazendo acompanhamento médico regularmente. Também é importante que o diagnóstico das doenças seja precoce e a intervenção dos médicos seja rápida.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

REMÉDIO DE GRAÇA PARA HIPERTENSÃO E DIABETES

Mamografia reduz mortalidade por câncer de mama

Estudo publicado na revista especializada Radiology mostra que exames de mamografia ajudam na redução das taxas de mortalidade por câncer de mama. Segundo Stephen W. Duffy, pesquisador da University of London, “a triagem mamográfica confere uma redução substancial relativa e absoluta no risco de mortalidade por câncer em longo prazo". De acordo com os pesquisadores, para cada 1.000 a 1.500 mamografias, uma morte por câncer de mama é impedida.
O estudo envolveu 133.065 mulheres divididas em dois grupos, um que recebeu um convite para triagem e outro que recebeu os cuidados habituais. Os resultados mostraram que houve 30% menos mortes por câncer de mama entre as mulheres do grupo que passava pela triagem e realizavam o exame. A fase de triagem durou cerca de sete anos, e a idade das participantes variava entre 40 e 74 anos.
Os resultados desse estudo revelam que a mamografia feita regularmente traz benefícios para saúde pública, e por isso deve ser estimulada. "Infelizmente, não podemos saber ao certo quem vai e quem não vai desenvolver o câncer de mama", diz Duffy. "Mas se a mulher passar por um regime de triagem recomendado e for diagnosticada com câncer de mama em fase precoce, as chances de ele ser tratado com sucesso são muito boas".

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vaidade precoce arrisca saúde das pré-adolescentes

Em nome da estética, as pré-adolescentes estão adotando práticas que pesam no bolso e não têm eficácia. Algumas podem até trazer prejuízos à saúde. Atrasar a menstruação com hormônios para ficarem mais altas, tomar pílula anticoncepcional para se ver livre de espinhas e aplicar ácido na pele a fim de torná-la mais clara são alguns exemplos de atividades na rotina das meninas.
Médicos alertam: é preciso que os pais fiquem atentos ao que as filhas andam fazendo na frente do espelho. Se tanta vaidade não puder ser evitada, o ideal é procurar orientação e evitar que a princesa vire sapo.
"As meninas têm acesso à informação cada vez mais cedo. Elas entram na Internet e leem que, depois da primeira menstruação, não crescem muito mais. E aí procuram os consultórios para tomar hormônios que atrasam a primeira menstruação", afirma o vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Paulo César Alves.
Mas o tratamento não é eficaz em todos os casos. Atrasar a primeira menstruação só auxilia no crescimento ósseo quando a menina sofre de puberdade precoce. "Se a criança tem 8 anos e já apresenta sinais de puberdade, como elevação do mamilo, aí vale a pena. Do contrário, quando a idade óssea de 13 anos, por exemplo, já foi atingida, e a menina tem 10, não vale. Se crescer, vai ser muito pouco para muitos gastos", orienta.
A dermatologista especialista em estética Daniele Murga ressalta que a maioria dos erros cometidos pelas jovens é relacionada à insatisfação com pele e cabelo. "Uma vê que a outra começou a tomar anticoncepcional para evitar espinhas, vai na farmácia e compra também, sem saber se pode", diz Daniela.
Segundo ela, é comum o "reaproveitamento" de receitas. "Elas pegam com amigas as prescrições de remédios contra acnes e manchas. Mas alguns têm ácidos e, usados sem orientação médica, podem queimar a pele", alerta.
Garotas de menos de 12 anos já têm sinais de calvície
A busca por cabelos perfeitos também tem levado muitas meninas aos consultórios - não para tratar as madeixas, mas sim remediar danos. O principal vilão é o formol, usado ilegalmente como alisante em escovas e outros tratamentos.
Estudo divulgado semana passada revelou que o produto é cancerígeno. Os danos são muitos. "O formol causa irritação, coceira, queimaduras, problemas de pele e queda capilar. É impressionante o número de meninas com menos de 12 anos já com quadro de calvície", afirma Daniele Murga. "É fundamental que os pais conversem com suas filhas para mostrar o risco que correm em nome da beleza", diz.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Excesso de suor pode ser doença

Você transpira excessivamente? Já tentou de tudo e não consegue se livrar do suor? Então você pode sofrer de hiperidrose. Esse é um problema que afeta cerca de 1,5 milhões de brasileiros e causa constrangimento. A boa notícia é que essa doença tem tratamento.
Em casos mais simples, o tratamento clínico é o indicado, e inclui vários profissionais, como endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos e dermatologistas. A intervenção cirúrgica só é recomendada quando o tratamento clínico não traz resultados positivos.
"Damos uma especial atenção aos pacientes que suam nas mãos, nas axilas e nos pés. Existem suores que não podem ser abordados cirurgicamente, porque podem trazer algumas complicações, já que essa cirurgia consiste em cortar um nervo", explica o cirurgião toráxico Mozart Escobar.
A cirurgia é rápida, com duração de uma a duas horas, e é feito por vídeo. “É um procedimento relativamente simples, feito por vídeo. Através de duas pequenas incisões no tórax, uma para o bisturi e outra para a câmera de vídeo que vai mostrar o sistema nervoso simpático", explica Escobar. A alta é igualmente rápida, e na ausência de complicações, o paciente é liberado no dia seguinte.
E para quem pensa que não tem como arcar com as despesas do tratamento para hiperidrose, mais uma boa notícia: o serviço é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por que parar de fumar engorda?

Muitos fumantes, em especial mulheres, evitam largar o cigarro por medo de engordar. Por outro lado, quem fuma costuma morrer mais cedo e mais magro. Mas, por que isso acontece? Pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá se uniram para solucionar essa questão, e descobriram que a nicotina realmente diminui o apetite, e o faz por meio da ativação de um grupo específico de neurônios no cérebro. A pesquisa foi publicada na revista Science.
Esses neurônios, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo, aumentam a atividade dos neurônios chamados de POMC (pró-opiomelanocortina) e de uma série de receptores de melanocortina 4, ou seja, a nicotina ativa células que sinalizam ao corpo que o indivíduo já comeu o suficiente.
Com essa descoberta, os cientistas acreditam que possa ser possível o desenvolvimento de novos tratamentos para obesidade usando a nicotina. Contudo, eles ressaltam que fumar acarreta em problemas tão ou mais graves e prejudiciais à saúde do que estar acima do peso.
"Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a manter seu peso após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar também aos não fumantes que lutam contra a obesidade", disse Marina Picciotto, da Universidade de Yale (EUA).

sábado, 11 de junho de 2011

Comportamento de risco independe do sexo

Analisando jovens de ambos os sexos e idades entre 15 e 20 anos, pesquisadores suecos concluíram que, apesar das mulheres perceberem mais as situações de risco, não existem diferenças de gênero para adoção desse comportamento.
Realizado pela Universidade de Gotemburgo, o estudo mostra que no país o comportamento vai contra o que apontam estudos realizados em outras partes do mundo, na qual os homens tendem a assumir situações de risco com mais freqüência que as mulheres.
"Às meninas têm sido dado um maior acesso à esfera pública, de modo que elas querem se comportar como os meninos, e elas certamente o fazem", diz Margareta Bohlin, autora da pesquisa.
A pesquisadora realizou entrevistas com os jovens a fim de determinar qual o raciocínio desses sobre o comportamento de risco. As discussões mostraram que, na visão feminina, os homens têm dificuldade em mostrar sua vulnerabilidade.
Para Bohlin, apesar de campanhas educativas terem seu valor, nem sempre vão surtir efeito. Segundo a pesquisadora, o comportamento de risco faz parte do processo de amadurecimento do jovem.
"As campanhas de informação enfocando a morte catastrófica não funcionam", diz Bohlin. "Eles simplesmente as ignoram. Penso que os adultos têm de compreender que os riscos também dão sentido à vida do adolescente".

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Laser associado ao flúor previne cáries

Principal problema bucal dos brasileiros, a cárie é uma doença transmissível, infecciosa e de origem bacteriana, e é considerada uma moléstia crônica, multifatorial e ligada à alimentação, higienização e fatores genéticos. O mal atinge cerca de  56% dos jovens com 12 anos de idade no país.
A má higienização é uma das principais causas do problema. Os restos de alimento que ficam na boca são fermentados pelas bactérias que já vivem ali e tornam-se ácidos. O tecido é então amolecido e uma cavidade se forma.
Há quase duas décadas cientistas brasileiros trabalham para encontrar um laser que possa ser usado em tratamentos dentários sem prejudicar os dentes. Denise Maria Zezell, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), explica que uma das razões físicas pelas quais a irradiação a laser associada ao flúor inibe a progressão da cárie radicular é o aumento do diâmetro dos cristais de hidroxiapatita, que compõe o esmalte e dentina, após o procedimento.
A pesquisadora explica também que o tratamento com flúor atinge em média 21% de prevenção de cáries, número que aumentou para 60,2% de prevenção a associação da irradiação laser à aplicação de fluoreto. Segundo Zezell, para que o tratamento mantenha os resultados, é necessário que o procedimento seja repetido todos os anos.
"O tratamento não requer anestesia e é relativamente rápido, indicando um potencial de atendimento em larga escala. Além disso, deve-se levar em consideração que a irradiação laser promove efeitos mais duradouros do que a aplicação tópica de flúor isoladamente, o que leva à menor necessidade de consultas periódicas preventivas. Se houver uma política de inclusão de alta tecnologia em postos de atendimento do SUS, acreditamos que o custo do equipamento seja rapidamente compensado”, finaliza.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pensamentos negativos podem levar à depressão

A maioria das pessoas é capaz de passar por momentos difíceis sem grandes sequelas, mas não são todos quem conseguem superar suas tristezas. Algumas pessoas desenvolvem quadros de depressão a partir dessas situações.
Um novo estudo, desenvolvido na Universidade Stanford, sugere que parte do motivo de esses indivíduos não conseguirem abandonar os pensamentos negativos é uma incapacidade de tirar sua atenção desses acontecimentos.
“Eles basicamente ficam presos em um estado mental onde eles revivem o que aconteceu com eles” explica a pesquisadora Jutta Joormann. “Mesmo que eles pensem ‘ah, isso não me ajuda, eu deveria parar de pensar sobre isso, eu deveria seguir com a minha vida’, eles não conseguem parar”.
Para o estudo, os pesquisadores selecionaram 26 pessoas que sofriam de depressão e 27 pessoas saudáveis. Em um experimento, foram mostradas três palavras aos participantes, que tiveram que se lembrar delas mais tarde na ordem em que foram apresentadas ou em ordem inversa. As palavras foram então mostradas novamente e os participantes tiveram que dizer rapidamente em qual ordem a palavra havia sido exibida na primeira vez.  O teste mostrou que o quão mais rapidamente a resposta era dada, mais flexível era a forma de pensar da pessoa. “A ordem das palavras fica como que presa na memória funcional, especialmente quando as palavras são negativas”, explica Joormann.
O experimento mostrou que as pessoas que tinham depressão tiveram dificuldades para ordenarem as palavras em seus pensamentos, sendo que fazer isso foi ainda mais difícil quando as palavras eram negativas (morte, tristeza). Assim, os pesquisadores concluíram que pessoas que tiveram mais dificuldade com as atividades eram mais propensas a pensarem repetidamente sobre seus problemas.
Os autores do estudo esperam que as suas descobertas possam ajudar pessoas sofrendo de depressão, ensinando-as a evitarem pensamentos negativos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Celular pode causar câncer

A Organização Mundial da Saúde (OMS), através de sua Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, advertiu a população de que o uso de celulares pode aumentar o risco de surgimento de tumores no cérebro. O aviso foi feito após 31 especialistas revisarem estudos médicos sobre o assunto, e concluírem que o uso dos aparelhos é “possivelmente cancerígeno”.
Segundo os cientistas, a analise dos estudos considerados por eles relevantes sobre o uso de telefones celulares e a exposição à radiação dos mesmos, mostrou a possibilidade do desenvolvimento de tumores no cérebro, mas ressaltam que não podem afirmar categoricamente que os celulares causem câncer em humanos. Para isso, são necessárias mais pesquisas sobre o tema.
O tipo de tumor que o uso de aparelhos celulares pode causar é chamado neuroglioma. De acordo com a OMS, se for comprovada a tese de que os aparelhos podem provocar cancer, esse será um problema de saúde pública, já que existem cerca de cinco bilhões de celulares em uso no mundo.
"Dadas as possíveis consequências para saúde pública desta classificação, é importante que sejam feitas mais pesquisas sobre o uso pesado e a longo prazo de celulares", disse Christopher Wild, diretor da agência. "Dependendo da disponibilidade desta informação, é importante adotar medidas pragmáticas para reduzir a exposição, como dispositivos hand-free”, completa.