Jovens atletas competitivos que se especializam em apenas uma modalidade de esporte podem correr mais riscos de sofrerem lesões do que atletas que praticam múltiplas modalidades.
Uma pesquisa, desenvolvida na Universidade Loyola (EUA), estudou 154 atletas em uma idade média de 13 anos. Entre os participantes, 85 já tinham sido tratados por lesões relacionadas à prática de esportes e 69 ainda não tinham precisado de tratamento.
O estudo mostrou que 60.4% dos atletas que se machucaram praticavam apenas um esporte, sendo que apenas 31.3% dos atletas que não sofreram lesões faziam o mesmo. Os atletas que não sofreram lesões gastavam 8 horas por semana praticando esportes, enquanto atletas lesionados gastavam 11 horas.
As lesões mais comuns entre os participantes do estudo foram distensões musculares, dores na rótula, fraturas de estresse e tendinite. A especialização mais intensa aconteceu em esportes que têm exigências mais altas de habilidade, como o tênis, a ginástica olímpica e a dança.
A autora da pesquisa, Dra. Neeru Jayanthi, afirma que os dados da pesquisa são preliminares, mas que jovens atletas devem ser monitorados de perto, principalmente se a criança praticar esportes mais de 11 horas por semana em esportes organizados ou 20 horas em qualquer tipo de esporte. “Nós devemos ser cuidadosos com a especialização intensa em um esporte antes e depois da adolescência. Os pais deveriam considerar matricularem seus filhos em esportes múltiplos. (Jovens atletas) deveriam ser encorajados a participarem em uma variedade de atividades diferentes e desenvolverem uma área extensa de habilidades”, afirma a pesquisadora.
A pesquisa foi apresentada no dia 2 de maio na reunião anual da American Medical Society for Sports Medicine.
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