Os pais que fumam perto das crianças podem estar colocando em risco mais do que a saúde respiratória de seus filhos. Um novo estudo do University College London, no Reino Unido, indica que as crianças mais expostas à fumaça do cigarro são mais propensas a serem hiperativas e a terem problemas de comportamento.
Avaliando dados de um estudo escocês do ano de 2003, incluindo 901 crianças não fumantes com média de oito anos, os pesquisadores descobriram que aquelas com maiores níveis de cotinina na saliva - subproduto da nicotina, que indica os níveis de exposição à fumaça do cigarro - tinham mais chances de terem problemas de conduta e hiperatividade. E essas associações permaneciam significativas considerando fatores como privação social, status marital dos pais, obesidade, doenças crônicas e níveis de atividades físicas.
Publicados nesta semana na revista científica Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, os resultados indicaram, ainda, que 40% das crianças tinham níveis muito altos de exposição à fumaça do cigarro, principalmente dentro de casa, e mais frequentemente em vizinhanças com menor renda. E aqueles com maiores níveis de exposição ao fumo passivo tinham quase três vezes mais chances de terem problemas de saúde mental.
“A medida objetiva da exposição ao tabagismo passivo foi associada com pior saúde mental entre as crianças”, escreveram os autores. “As associações mais fortes com os níveis de cotinina emergiram em transtornos de hiperatividade e conduta”, concluíram os pesquisadores.
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