quinta-feira, 28 de julho de 2011

Inverno pode complicar alergias oculares

O clima seco do inverno pode trazer complicações para alergia ocular e piorar os sintomas da condição.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 57 milhões de brasileiros são alérgicos. 6 em cada 10 pessoas desse grupo sofrem de alergias nos olhos.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, explica que o ar seco é um fator que interfere na condição. “A estiagem aumenta a concentração de poluentes no ar e agrava a doença da mesma forma que acontece com a sinusite, asma ou rinite. O ar seco também aumenta a evaporação da camada aquosa da lágrima. Por isso, junto com a alergia pode ocorrer olho seco, inflamação da borda das pálpebras ou das glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa do filme lacrimal”. Não existe cura para as alergias, apenas tratamentos que aliviam os sintomas, como a coceira, a vermelhidão e o inchaço.

Em algumas pessoas, duas condições se manifestam simultaneamente – a rinite e a conjuntivite alérgica. Para esses pacientes, o tratamento é feito com anti-histamínicos sistêmicos e corticóides nasais, mas algumas pessoas respondem somente aos colírios. Nesses casos, o mais importante é evitar recaídas. Colírios com corticóides são indicados em crises severas de alergia, mas o seu uso aumenta as chances de a pessoa desenvolver catarata e glaucoma. Além disso, reincidências podem causar o ceratocone, uma doença que atinge a córnea, levando à sua deterioração.

Para prevenir as crises, Queiroz Neto aconselha que a pessoa evite coçar os olhos. Essa atitude enfraquece as fibras de colágeno dos olhos e incentiva a produção da histamina, o que aumenta mais ainda a coceira. Também é importante evitar plantas e animais com pelo, manter os ambientes arejados e limpos e substituir vassouras por aspiradores de pó e panos úmidos.

Para evitar que os olhos fiquem secos, o médico afirma que o paciente deve beber pelo menos dois litros de água por dia e usar óculos que impeçam que o filme lacrimal evapore. Ao primeiro sinal de irritação nos olhos e outros sintomas, um oftalmologista deve sempre ser consultado.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Café da manhã rico em ferro ajuda a prevenir anemias

Documento publicado pela UNICEF e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que mais da metade das crianças brasileiras em idade pré-escolar tem anemia. A grande causadora disso é a deficiência de ferro.

Segundo Silvia Cozzolino, nutricionista professora da Universidade de São Paulo (USP), a anemia está ligada aos hábitos alimentares e não à dificuldade de acesso ao alimento, como acontecia há algumas décadas. “Uma evidência clara disso é que o problema atinge todas as classes sociais, sem distinção”, diz.

O ferro desempenha papel fundamental no crescimento infantil, pois atua em várias funções importantes, como o transporte de oxigênio para as células, desenvolvimento do sistema imunológico e fornecimento de energia rápida para os músculos. A carência de ferro pode prejudicar o desenvolvimento físico e intelectual infantil, além de resultar em apatia e desânimo.

Para prevenir e solucionar esse problema, a nutricionista recomenda a ingestão de alimentos ricos em ferro, como a carne vermelha, leguminosas (feijões) e cereais integrais. “Quando o consumo de carne, que é a principal fonte de ferro, é menor que o recomendado, para se garantir a quantidade de ferro disponível para absorção é preciso ingerir uma grande quantidade de outros alimentos para compensá-lo, o que dificulta muito chegar ao nível ideal”, explica a nutricionista.

Crianças entre nove e 13 anos devem consumir 8mg de ferro por dia, e a ingestão deve começar logo na primeira refeição do dia. Segundo Cozzolino, o café da manhã deve fornecer 25% dos nutrientes diários necessários, e garantir o percentual de ferro logo nessa refeição é o ideal.

É possível encontrar ferro em alimentos fortificados, como em alguns cereais matinais, mas também em combinações como banana e cereais, misto-quente com suco de laranja, e até no tradicional pão com margarina e café com leite.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pouco sono prejudica a saúde

Pessoas que dormem pouco podem estar prejudicando sua saúde. O período de tempo mínimo de sono recomendado é de oito horas por noite, e a maioria das pessoas precisa desse tempo para funcionar bem durante o dia.
Um estudo desenvolvido nos Estados Unidos mostra a fadiga faz com que 23% dos adultos americanos tenham problemas para se concentrarem, 18% tenham problemas de memória, 11% tenham dificuldades para dirigir, 38% durmam acidentalmente durante o dia e 5% durmam enquanto dirigem.
Os irmãos Dian e Tom Griesel (autores do livro TurboCharged: Accelerate Your Fat Burning Metabolism, Get Lean Fast and Leave Diet and Exercise Rules in the Dust) explicam que existem cinco estágios conhecidos do sono, e que o corpo passa por todos eles quarto ou cinco vezes durante a noite.
Os primeiros quatro estágios são importantes para que o metabolismo se mantenha saudável e também para o aprendizado e a memória. Já o quinto estágio, chamado de REM, movimento rápido dos olhos, regula o humor e a formação de memórias emocionais. Perder um ou dois ciclos durante um período regular de tempo faz com que o funcionamento do cérebro, coração e sistema imunológico sejam prejudicados.
Estimulantes noturnos, como a televisão, horários de trabalho e luz no ambiente podem atrapalhar o ritmo cicardiano natural do corpo, ou seja, o relógio biológico. Isso afeta a produção da melatonina, o hormônio natural do sono.
A má qualidade do sono prejudica o corpo e a mente, o que reflete nas ações da pessoa durante dia, podendo até mesmo prejudicar seu emprego e convivência familiar.