terça-feira, 20 de setembro de 2011

REMÉDIOS DE GRAÇA PARA HIPERTENSÃO E DIABETES


Baixos níveis de açúcar no sangue explicam por que obesos não resistem a impulsos alimentares


Pesquisadores da Universidade Yale (EUA) desenvolveram um estudo com o objetivo de avaliar porque obesos têm mais dificuldades de controlar seus impulsos de consumir alimentos calóricos ou com muito açúcar.
Quando pessoas de peso normal sentem fome, o organismo envia sinais ao cérebro que o informam que o corpo precisa de alimento. Quando essa necessidade é preenchida, o organismo se sente satisfeito e não volta a ativar o cérebro por esse motivo por aproximadamente 5 horas. Mas em pessoas obesas, o corpo pode sentir necessidade de comer apenas pouco tempo após já ter se alimentado.
Em um experimento, os pesquisadores fizeram ressonâncias magnéticas em pessoas saudáveis, sendo que alguns indivíduos eram obesos. A ressonância mostrou que quando os níveis de glucose no sangue caem, a região do cérebro que regula impulsos não consegue controlar a vontade de que doces e lanches calóricos sejam consumidos. Uma comparação entre os resultados dos voluntários obesos e não obesos mostrou que em obesos esse impulso é especialmente forte.
Outro resultado encontrado pelos pesquisadores mostra que em pessoas de peso normal, o desejo de comer alimentos calóricos desaparecia quando ela se alimentava e os níveis de açúcar no sangue se normalizavam. Já em pessoas acima do peso, o consumo de alimentos não reduzia o desejo. Isso pode indicar que em obesos, o mecanismo de restrição associado à glicose foi perdido, explicando porque essas pessoas sentem vontade de comer pouco tempo depois da última refeição.
O estudo fornece informações que podem ajudar a compreensão do motivo pelo qual obesos com níveis flutuantes de açúcar no sangue têm mais dificuldades para resistirem a alimentos que podem ser prejudiciais à sua saúde e proporcionarem ganho de peso.

domingo, 18 de setembro de 2011

Rir é o melhor remédio para a dor


Dizem que ir é o melhor remédio, e, segundo pesquisadores na Grã-Bretanha, para dor ele é mesmo. Mas não é um risinho tímido, mas uma boa gargalhada, daquelas que fazem rir quem estiver do seu lado.
Robin Dunbar, diretor do Instituto de Antropologia Social e Cultural da Universidade de Oxford, na Inglaterra, diz que assistir apenas 15 minutos de uma comédia pode diminuir a dor em até 10%.
Para o experimento, pacientes foram divididos em dois grupos, um que assistiu comédias como “Mr. Bean” e “Friends”, e o segundo que assistiu programas de TV sobre golfe.
“Existem poucas pesquisas que tentam explicar o porquê rimos e qual o papel ele desempenha na sociedade”, diz Dunbar. Usando microfones, os cientistas gravaram as reações dos voluntários, e constatou-se que os que assistiam comédia riram por um terço do tempo. A tolerância à dor desses participantes aumentou em conseqüência disso.
"Nós acreditamos que o efeito é provocado pela corrida da endorfina no corpo, o que pode explicar por que o riso desempenha um papel tão importante em nossas vidas sociais", diz Dunbar.
“Quando as pessoas riem de forma intensa, o esforço físico os deixa exaustos e desencadeia a liberação de endorfinas de proteção - um dos produtos químicos neuropeptídeo complexo produzido no cérebro, que controla a dor e promover sentimentos de bem-estar”, explica.
O estudo foi publicado online em Proceedings of the Royal Society B.

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Excesso de sal pode causar danos à visão


Pesquisas mostram que a população brasileira consome muito mais sal do que a quantidade recomendada pela Organização mundial de saúde (5 gramas por dia para crianças e idosos e 6 gramas para adolescentes e adultos). Esse fator (dentre outros como a falta de informação e envelhecimento) contribui para o aumento de casos de hipertensão arterial – doença que já atinge 57 milhões de pessoas no país.
O que poucas pessoas sabem é que, dependendo do quadro da doença, a hipertensão pode prejudicar os vasos e artérias da retina. Essa estrutura é a membrana do olho onde as imagens são formadas, e os danos causados a ela podem levar à cegueira. As mudanças vasculares que podem causar a perda da visão são: arteriosclerose (enrijecimento e estreitamento de vasos e artérias), isquemia (interrupção da circulação do sangue até a retina e formação de neovasos), hemorragia (devido ao afinamento dos vasos e artérias) e edema do disco óptico (devido à formação de depósitos, estreitamento de artérias e dilatação de veias).
O principal problema é que como a hipertensão arterial é assintomática, a maioria das pessoas não sabe que são portadoras e somente procuram o oftalmologista quando a retina já está danificada. “O olho é a porta de entrada para prevenir os danos da hipertensão porque é a única parte do corpo que permite visualizar seus efeitos”, explica Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier. Existe um exame de fundo de olho, a fundoscopia, que é capaz de diagnosticar os danos causados aos olhos ainda no estágio inicial da condição.
O melhor combate a qualquer doença é sempre a prevenção. Para evitar a hipertensão arterial e as complicações que surgem a partir dela, é extremamente importante que as pessoas estejam atentas às quantidades de sal ingeridas e outros comportamentos. O consumo de álcool e cigarros devem ser evitados, o indivíduo deve praticar atividades físicas regularmente e incluir ômega 3 em sua alimentação, substância que auxilia a circulação do sangue na retina.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Controle de consumo de sal pode reduzir número de óbitos


A quantidade de sal consumida atualmente pela população brasileira é alarmante. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os adolescentes do país consomem 70% de sal a mais do que o limite recomendável de 2,300 mg por dia. Os homens entre 19 e 59 anos ultrapassam esse número em 88,7% e as mulheres em 69,7%.
O excesso de sal pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares e renais. Essas condições são particularmente perigosas por progredirem silenciosamente e serem de difícil diagnóstico, sendo muitas vezes identificadas somente em estágios avançados.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), se as pessoas adaptassem o seu consumo de sal às recomendações médicas, haveria uma redução considerável no número de mortes causadas a cada ano por doenças cardiovasculares. Atualmente, essas condições provocam 315 mil óbitos anuais.
Uma das maiores preocupações dos médicos são os alimentos industrializados. De acordo com Carlos Alberto Machado, porta-voz da SBC, “a SBC se aliou à Anvisa para que os fabricantes de alimentos industrializados sejam obrigados a divulgar nos rótulos das embalagens alertas sempre que o produto tiver quantidade elevada de gordura saturada, gordura trans, sódio e açúcar”. Por decisão judicial, essas medidas estão temporariamente impedidas. A organização espera que em breve elas sejam validadas.
A redução da quantidade de sal usada nas receitas não afeta o sabor do alimento, fato que foi debatido em reunião com o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (ABRASEL). “Sabemos que não há necessidade de tanto sal nos alimentos, tanto que em recente reunião com o ABRASEL, os representantes da entidade confirmaram que há uma tendência entre os associados a reduzirem o uso do sal nos alimentos servidos. Eles comprovaram que uma redução de 20% do nível de sódio não afeta nem o sabor nem a qualidade dos mesmos, que continuam tendo plena aceitação dos consumidores”, completa Machado.
Dessa forma, parece não haver motivos para o excesso de sal nos alimentos. O controle do consumo desse alimento é um passo importante para a prevenção de doenças e a manutenção da boa qualidade de vida em todo o país.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mitos sobre o câncer de mama confundem a população


O câncer de mama é atualmente a principal causa de morte causada por tumores em mulheres no Brasil. A falta de informação das pessoas a respeito da doença colabora para a piora desse quadro.
Diversos mitos a respeito da doença se espalham através do boca a boca. São afirmativas que dizem, por exemplo, que o uso de desodorantes e sutiãs apertados favorece o desenvolvimento do câncer de mama. Outros mitos comuns são os de que o implante de próteses de silicone e o consumo de leite de origem animal podem aumentar as chances do surgimento da doença. Essas informações não são baseadas em estudos ou pesquisas científicas, portanto são equivocadas e irreais.
Porém, algumas das crenças do senso comum estão corretas. Emoções negativas (como mágoas, raiva e estresse) podem contribuir para o surgimento da doença, assim como deficiência de vitamina D, o consumo de álcool, o tabagismo e o histórico familiar. Também é verdade que a doença está associada à idade, e com o envelhecimento as chances de o câncer ser desenvolvido são maiores. Outros fatores que favorecem o câncer são gestações tardias ou a ausência de gestações.
Como o câncer de mama ainda não é inteiramente compreendido, fica difícil saber quando se pode confiar ou não em um rumor. Por isso, a opinião de um profissional é essencial. O Dr. Armândio Soares, diretor da Oncomed Belo Horizonte, explica que “ainda há muito o que ser pesquisado e estudado, por isso, conversar com um médico é sempre o melhor caminho para esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto”.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Perda de peso pode melhora a vida sexual de diabéticos


Muitos homens diabéticos enfrentam problemas urológicos e disfunção erétil, mesmo que a diabetes esteja bem controlada. Esses problemas podem ser tratados com medicamentos, mas um estudo desenvolvido na Universidade de Adelaide (Austrália) aponta que a perda de peso é tão eficaz quando o uso de remédios.
O Dr. Gary Wittert, um dos pesquisadores do estudo, afirma que “medicação é cara, cuidado médico é caro. Aqui está uma mudança de estilo de vida que é rápida, barata, fácil e pode melhorar a saúde substancialmente além de qualquer coisa que a medicação pode fazer”.
O estudo acompanhou um grupo de 31 homens obesos com diabetes tipo 2. Após designarem diferentes dietas para os participantes e esses terem perdido de 5 a 10% de seus pesos, os pesquisadores analisaram como o emagrecimento havia afetado a vida sexual desses homens.
“Mesmo sem levar a diabetes em conta, homens obesos têm chances 1,2 maiores de terem disfunção erétil”, explica Wittert.
Os resultados da análise mostraram que os homens que perderam peso viram melhoras significativas em saúde urológica e sexual. Participantes que antes do estudo enfrentavam disfunção erétil severa passaram enfrentar versões brandas da condição. Os níveis de inflamação nos corpos desses homens também foram reduzidos, o que pode ter ajudado no melhor funcionamento do órgão sexual.
Wittert acredita que a perda de peso através de exercícios físicos pode ter efeitos diferentes do que o emagrecimento obtido com dietas. “Os problemas urológicos relacionados à obesidade poderiam ser hormonais, eles poderiam estar relacionados aos nervos, nós não sabemos. Mas exercícios tem uma série de efeitos potenciais que não são estritamente relacionados à perda de peso”, completa.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Inverno pode complicar alergias oculares

O clima seco do inverno pode trazer complicações para alergia ocular e piorar os sintomas da condição.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 57 milhões de brasileiros são alérgicos. 6 em cada 10 pessoas desse grupo sofrem de alergias nos olhos.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, explica que o ar seco é um fator que interfere na condição. “A estiagem aumenta a concentração de poluentes no ar e agrava a doença da mesma forma que acontece com a sinusite, asma ou rinite. O ar seco também aumenta a evaporação da camada aquosa da lágrima. Por isso, junto com a alergia pode ocorrer olho seco, inflamação da borda das pálpebras ou das glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa do filme lacrimal”. Não existe cura para as alergias, apenas tratamentos que aliviam os sintomas, como a coceira, a vermelhidão e o inchaço.

Em algumas pessoas, duas condições se manifestam simultaneamente – a rinite e a conjuntivite alérgica. Para esses pacientes, o tratamento é feito com anti-histamínicos sistêmicos e corticóides nasais, mas algumas pessoas respondem somente aos colírios. Nesses casos, o mais importante é evitar recaídas. Colírios com corticóides são indicados em crises severas de alergia, mas o seu uso aumenta as chances de a pessoa desenvolver catarata e glaucoma. Além disso, reincidências podem causar o ceratocone, uma doença que atinge a córnea, levando à sua deterioração.

Para prevenir as crises, Queiroz Neto aconselha que a pessoa evite coçar os olhos. Essa atitude enfraquece as fibras de colágeno dos olhos e incentiva a produção da histamina, o que aumenta mais ainda a coceira. Também é importante evitar plantas e animais com pelo, manter os ambientes arejados e limpos e substituir vassouras por aspiradores de pó e panos úmidos.

Para evitar que os olhos fiquem secos, o médico afirma que o paciente deve beber pelo menos dois litros de água por dia e usar óculos que impeçam que o filme lacrimal evapore. Ao primeiro sinal de irritação nos olhos e outros sintomas, um oftalmologista deve sempre ser consultado.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Café da manhã rico em ferro ajuda a prevenir anemias

Documento publicado pela UNICEF e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que mais da metade das crianças brasileiras em idade pré-escolar tem anemia. A grande causadora disso é a deficiência de ferro.

Segundo Silvia Cozzolino, nutricionista professora da Universidade de São Paulo (USP), a anemia está ligada aos hábitos alimentares e não à dificuldade de acesso ao alimento, como acontecia há algumas décadas. “Uma evidência clara disso é que o problema atinge todas as classes sociais, sem distinção”, diz.

O ferro desempenha papel fundamental no crescimento infantil, pois atua em várias funções importantes, como o transporte de oxigênio para as células, desenvolvimento do sistema imunológico e fornecimento de energia rápida para os músculos. A carência de ferro pode prejudicar o desenvolvimento físico e intelectual infantil, além de resultar em apatia e desânimo.

Para prevenir e solucionar esse problema, a nutricionista recomenda a ingestão de alimentos ricos em ferro, como a carne vermelha, leguminosas (feijões) e cereais integrais. “Quando o consumo de carne, que é a principal fonte de ferro, é menor que o recomendado, para se garantir a quantidade de ferro disponível para absorção é preciso ingerir uma grande quantidade de outros alimentos para compensá-lo, o que dificulta muito chegar ao nível ideal”, explica a nutricionista.

Crianças entre nove e 13 anos devem consumir 8mg de ferro por dia, e a ingestão deve começar logo na primeira refeição do dia. Segundo Cozzolino, o café da manhã deve fornecer 25% dos nutrientes diários necessários, e garantir o percentual de ferro logo nessa refeição é o ideal.

É possível encontrar ferro em alimentos fortificados, como em alguns cereais matinais, mas também em combinações como banana e cereais, misto-quente com suco de laranja, e até no tradicional pão com margarina e café com leite.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pouco sono prejudica a saúde

Pessoas que dormem pouco podem estar prejudicando sua saúde. O período de tempo mínimo de sono recomendado é de oito horas por noite, e a maioria das pessoas precisa desse tempo para funcionar bem durante o dia.
Um estudo desenvolvido nos Estados Unidos mostra a fadiga faz com que 23% dos adultos americanos tenham problemas para se concentrarem, 18% tenham problemas de memória, 11% tenham dificuldades para dirigir, 38% durmam acidentalmente durante o dia e 5% durmam enquanto dirigem.
Os irmãos Dian e Tom Griesel (autores do livro TurboCharged: Accelerate Your Fat Burning Metabolism, Get Lean Fast and Leave Diet and Exercise Rules in the Dust) explicam que existem cinco estágios conhecidos do sono, e que o corpo passa por todos eles quarto ou cinco vezes durante a noite.
Os primeiros quatro estágios são importantes para que o metabolismo se mantenha saudável e também para o aprendizado e a memória. Já o quinto estágio, chamado de REM, movimento rápido dos olhos, regula o humor e a formação de memórias emocionais. Perder um ou dois ciclos durante um período regular de tempo faz com que o funcionamento do cérebro, coração e sistema imunológico sejam prejudicados.
Estimulantes noturnos, como a televisão, horários de trabalho e luz no ambiente podem atrapalhar o ritmo cicardiano natural do corpo, ou seja, o relógio biológico. Isso afeta a produção da melatonina, o hormônio natural do sono.
A má qualidade do sono prejudica o corpo e a mente, o que reflete nas ações da pessoa durante dia, podendo até mesmo prejudicar seu emprego e convivência familiar.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Doença Aterosclerótica em mulheres exige maiores cuidados

Cerca de 40% da população adulta do Brasil é afetada pela Doença Aterosclerótica, e apesar de a condição ser mais comum em homens, mulheres atingidas por ela exigem cuidados especiais.
A Doença Aterosclerótica é caracterizada por um acúmulo de gordura nas artérias, dificultando a passagem do sangue ou até mesmo bloqueando o fluxo.
O organismo feminino é diferente do masculino. As artérias são mais estreitas e o batimento cardíaco é mais rápido.  As probabilidades das mulheres desenvolverem doenças cardíacas são maiores do que as dos homens, e a taxa de mortalidade também. As chances de uma mulher que sofreu um infarto morrer são 50% maiores do que as de um homem.
De acordo com o médico Raul Dias dos Santos, diretor da SOCESP, o maior desafio é a detecção da doença, já que ela é assintomática. Quando diagnosticado com a condição, o paciente deve fazer modificações nos seus hábitos e, quando necessário, fazer uso de medicamentos.
Raul explica que “é preciso agir preventivamente para evitar a manifestação da doença. Quando a angina (dor no peito) chega, por exemplo, muitas vezes já é tarde demais, o paciente está prestes a ter um infarto”.
De acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), a expectativa é que em 20 anos o número de mortes de mulheres devido a doenças do coração ultrapasse o de homens. Por isso, mulheres devem estar atentas às diretrizes de prevenção, controlando fatores de risco e fazendo acompanhamento médico regularmente. Também é importante que o diagnóstico das doenças seja precoce e a intervenção dos médicos seja rápida.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

REMÉDIO DE GRAÇA PARA HIPERTENSÃO E DIABETES

Mamografia reduz mortalidade por câncer de mama

Estudo publicado na revista especializada Radiology mostra que exames de mamografia ajudam na redução das taxas de mortalidade por câncer de mama. Segundo Stephen W. Duffy, pesquisador da University of London, “a triagem mamográfica confere uma redução substancial relativa e absoluta no risco de mortalidade por câncer em longo prazo". De acordo com os pesquisadores, para cada 1.000 a 1.500 mamografias, uma morte por câncer de mama é impedida.
O estudo envolveu 133.065 mulheres divididas em dois grupos, um que recebeu um convite para triagem e outro que recebeu os cuidados habituais. Os resultados mostraram que houve 30% menos mortes por câncer de mama entre as mulheres do grupo que passava pela triagem e realizavam o exame. A fase de triagem durou cerca de sete anos, e a idade das participantes variava entre 40 e 74 anos.
Os resultados desse estudo revelam que a mamografia feita regularmente traz benefícios para saúde pública, e por isso deve ser estimulada. "Infelizmente, não podemos saber ao certo quem vai e quem não vai desenvolver o câncer de mama", diz Duffy. "Mas se a mulher passar por um regime de triagem recomendado e for diagnosticada com câncer de mama em fase precoce, as chances de ele ser tratado com sucesso são muito boas".

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vaidade precoce arrisca saúde das pré-adolescentes

Em nome da estética, as pré-adolescentes estão adotando práticas que pesam no bolso e não têm eficácia. Algumas podem até trazer prejuízos à saúde. Atrasar a menstruação com hormônios para ficarem mais altas, tomar pílula anticoncepcional para se ver livre de espinhas e aplicar ácido na pele a fim de torná-la mais clara são alguns exemplos de atividades na rotina das meninas.
Médicos alertam: é preciso que os pais fiquem atentos ao que as filhas andam fazendo na frente do espelho. Se tanta vaidade não puder ser evitada, o ideal é procurar orientação e evitar que a princesa vire sapo.
"As meninas têm acesso à informação cada vez mais cedo. Elas entram na Internet e leem que, depois da primeira menstruação, não crescem muito mais. E aí procuram os consultórios para tomar hormônios que atrasam a primeira menstruação", afirma o vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Paulo César Alves.
Mas o tratamento não é eficaz em todos os casos. Atrasar a primeira menstruação só auxilia no crescimento ósseo quando a menina sofre de puberdade precoce. "Se a criança tem 8 anos e já apresenta sinais de puberdade, como elevação do mamilo, aí vale a pena. Do contrário, quando a idade óssea de 13 anos, por exemplo, já foi atingida, e a menina tem 10, não vale. Se crescer, vai ser muito pouco para muitos gastos", orienta.
A dermatologista especialista em estética Daniele Murga ressalta que a maioria dos erros cometidos pelas jovens é relacionada à insatisfação com pele e cabelo. "Uma vê que a outra começou a tomar anticoncepcional para evitar espinhas, vai na farmácia e compra também, sem saber se pode", diz Daniela.
Segundo ela, é comum o "reaproveitamento" de receitas. "Elas pegam com amigas as prescrições de remédios contra acnes e manchas. Mas alguns têm ácidos e, usados sem orientação médica, podem queimar a pele", alerta.
Garotas de menos de 12 anos já têm sinais de calvície
A busca por cabelos perfeitos também tem levado muitas meninas aos consultórios - não para tratar as madeixas, mas sim remediar danos. O principal vilão é o formol, usado ilegalmente como alisante em escovas e outros tratamentos.
Estudo divulgado semana passada revelou que o produto é cancerígeno. Os danos são muitos. "O formol causa irritação, coceira, queimaduras, problemas de pele e queda capilar. É impressionante o número de meninas com menos de 12 anos já com quadro de calvície", afirma Daniele Murga. "É fundamental que os pais conversem com suas filhas para mostrar o risco que correm em nome da beleza", diz.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Excesso de suor pode ser doença

Você transpira excessivamente? Já tentou de tudo e não consegue se livrar do suor? Então você pode sofrer de hiperidrose. Esse é um problema que afeta cerca de 1,5 milhões de brasileiros e causa constrangimento. A boa notícia é que essa doença tem tratamento.
Em casos mais simples, o tratamento clínico é o indicado, e inclui vários profissionais, como endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos e dermatologistas. A intervenção cirúrgica só é recomendada quando o tratamento clínico não traz resultados positivos.
"Damos uma especial atenção aos pacientes que suam nas mãos, nas axilas e nos pés. Existem suores que não podem ser abordados cirurgicamente, porque podem trazer algumas complicações, já que essa cirurgia consiste em cortar um nervo", explica o cirurgião toráxico Mozart Escobar.
A cirurgia é rápida, com duração de uma a duas horas, e é feito por vídeo. “É um procedimento relativamente simples, feito por vídeo. Através de duas pequenas incisões no tórax, uma para o bisturi e outra para a câmera de vídeo que vai mostrar o sistema nervoso simpático", explica Escobar. A alta é igualmente rápida, e na ausência de complicações, o paciente é liberado no dia seguinte.
E para quem pensa que não tem como arcar com as despesas do tratamento para hiperidrose, mais uma boa notícia: o serviço é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por que parar de fumar engorda?

Muitos fumantes, em especial mulheres, evitam largar o cigarro por medo de engordar. Por outro lado, quem fuma costuma morrer mais cedo e mais magro. Mas, por que isso acontece? Pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá se uniram para solucionar essa questão, e descobriram que a nicotina realmente diminui o apetite, e o faz por meio da ativação de um grupo específico de neurônios no cérebro. A pesquisa foi publicada na revista Science.
Esses neurônios, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo, aumentam a atividade dos neurônios chamados de POMC (pró-opiomelanocortina) e de uma série de receptores de melanocortina 4, ou seja, a nicotina ativa células que sinalizam ao corpo que o indivíduo já comeu o suficiente.
Com essa descoberta, os cientistas acreditam que possa ser possível o desenvolvimento de novos tratamentos para obesidade usando a nicotina. Contudo, eles ressaltam que fumar acarreta em problemas tão ou mais graves e prejudiciais à saúde do que estar acima do peso.
"Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. Nosso objetivo é ajudar as pessoas a manter seu peso após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar também aos não fumantes que lutam contra a obesidade", disse Marina Picciotto, da Universidade de Yale (EUA).

sábado, 11 de junho de 2011

Comportamento de risco independe do sexo

Analisando jovens de ambos os sexos e idades entre 15 e 20 anos, pesquisadores suecos concluíram que, apesar das mulheres perceberem mais as situações de risco, não existem diferenças de gênero para adoção desse comportamento.
Realizado pela Universidade de Gotemburgo, o estudo mostra que no país o comportamento vai contra o que apontam estudos realizados em outras partes do mundo, na qual os homens tendem a assumir situações de risco com mais freqüência que as mulheres.
"Às meninas têm sido dado um maior acesso à esfera pública, de modo que elas querem se comportar como os meninos, e elas certamente o fazem", diz Margareta Bohlin, autora da pesquisa.
A pesquisadora realizou entrevistas com os jovens a fim de determinar qual o raciocínio desses sobre o comportamento de risco. As discussões mostraram que, na visão feminina, os homens têm dificuldade em mostrar sua vulnerabilidade.
Para Bohlin, apesar de campanhas educativas terem seu valor, nem sempre vão surtir efeito. Segundo a pesquisadora, o comportamento de risco faz parte do processo de amadurecimento do jovem.
"As campanhas de informação enfocando a morte catastrófica não funcionam", diz Bohlin. "Eles simplesmente as ignoram. Penso que os adultos têm de compreender que os riscos também dão sentido à vida do adolescente".

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Laser associado ao flúor previne cáries

Principal problema bucal dos brasileiros, a cárie é uma doença transmissível, infecciosa e de origem bacteriana, e é considerada uma moléstia crônica, multifatorial e ligada à alimentação, higienização e fatores genéticos. O mal atinge cerca de  56% dos jovens com 12 anos de idade no país.
A má higienização é uma das principais causas do problema. Os restos de alimento que ficam na boca são fermentados pelas bactérias que já vivem ali e tornam-se ácidos. O tecido é então amolecido e uma cavidade se forma.
Há quase duas décadas cientistas brasileiros trabalham para encontrar um laser que possa ser usado em tratamentos dentários sem prejudicar os dentes. Denise Maria Zezell, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), explica que uma das razões físicas pelas quais a irradiação a laser associada ao flúor inibe a progressão da cárie radicular é o aumento do diâmetro dos cristais de hidroxiapatita, que compõe o esmalte e dentina, após o procedimento.
A pesquisadora explica também que o tratamento com flúor atinge em média 21% de prevenção de cáries, número que aumentou para 60,2% de prevenção a associação da irradiação laser à aplicação de fluoreto. Segundo Zezell, para que o tratamento mantenha os resultados, é necessário que o procedimento seja repetido todos os anos.
"O tratamento não requer anestesia e é relativamente rápido, indicando um potencial de atendimento em larga escala. Além disso, deve-se levar em consideração que a irradiação laser promove efeitos mais duradouros do que a aplicação tópica de flúor isoladamente, o que leva à menor necessidade de consultas periódicas preventivas. Se houver uma política de inclusão de alta tecnologia em postos de atendimento do SUS, acreditamos que o custo do equipamento seja rapidamente compensado”, finaliza.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pensamentos negativos podem levar à depressão

A maioria das pessoas é capaz de passar por momentos difíceis sem grandes sequelas, mas não são todos quem conseguem superar suas tristezas. Algumas pessoas desenvolvem quadros de depressão a partir dessas situações.
Um novo estudo, desenvolvido na Universidade Stanford, sugere que parte do motivo de esses indivíduos não conseguirem abandonar os pensamentos negativos é uma incapacidade de tirar sua atenção desses acontecimentos.
“Eles basicamente ficam presos em um estado mental onde eles revivem o que aconteceu com eles” explica a pesquisadora Jutta Joormann. “Mesmo que eles pensem ‘ah, isso não me ajuda, eu deveria parar de pensar sobre isso, eu deveria seguir com a minha vida’, eles não conseguem parar”.
Para o estudo, os pesquisadores selecionaram 26 pessoas que sofriam de depressão e 27 pessoas saudáveis. Em um experimento, foram mostradas três palavras aos participantes, que tiveram que se lembrar delas mais tarde na ordem em que foram apresentadas ou em ordem inversa. As palavras foram então mostradas novamente e os participantes tiveram que dizer rapidamente em qual ordem a palavra havia sido exibida na primeira vez.  O teste mostrou que o quão mais rapidamente a resposta era dada, mais flexível era a forma de pensar da pessoa. “A ordem das palavras fica como que presa na memória funcional, especialmente quando as palavras são negativas”, explica Joormann.
O experimento mostrou que as pessoas que tinham depressão tiveram dificuldades para ordenarem as palavras em seus pensamentos, sendo que fazer isso foi ainda mais difícil quando as palavras eram negativas (morte, tristeza). Assim, os pesquisadores concluíram que pessoas que tiveram mais dificuldade com as atividades eram mais propensas a pensarem repetidamente sobre seus problemas.
Os autores do estudo esperam que as suas descobertas possam ajudar pessoas sofrendo de depressão, ensinando-as a evitarem pensamentos negativos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Celular pode causar câncer

A Organização Mundial da Saúde (OMS), através de sua Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, advertiu a população de que o uso de celulares pode aumentar o risco de surgimento de tumores no cérebro. O aviso foi feito após 31 especialistas revisarem estudos médicos sobre o assunto, e concluírem que o uso dos aparelhos é “possivelmente cancerígeno”.
Segundo os cientistas, a analise dos estudos considerados por eles relevantes sobre o uso de telefones celulares e a exposição à radiação dos mesmos, mostrou a possibilidade do desenvolvimento de tumores no cérebro, mas ressaltam que não podem afirmar categoricamente que os celulares causem câncer em humanos. Para isso, são necessárias mais pesquisas sobre o tema.
O tipo de tumor que o uso de aparelhos celulares pode causar é chamado neuroglioma. De acordo com a OMS, se for comprovada a tese de que os aparelhos podem provocar cancer, esse será um problema de saúde pública, já que existem cerca de cinco bilhões de celulares em uso no mundo.
"Dadas as possíveis consequências para saúde pública desta classificação, é importante que sejam feitas mais pesquisas sobre o uso pesado e a longo prazo de celulares", disse Christopher Wild, diretor da agência. "Dependendo da disponibilidade desta informação, é importante adotar medidas pragmáticas para reduzir a exposição, como dispositivos hand-free”, completa.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ômega 3 pode ajudar no tratamento de transtorno bipolar

Pesquisadores norte-americanos sugerem que uma dieta rica em ácidos graxos ômega 3 pode ajudar no tratamento e prevenção do distúrbio bipolar e também do alcoolismo. Realizada na Indiana University School of Medicine, a pesquisa utilizou ratos que apresentavam sintomas bipolares característicos, como depressão e, quando submetidos ao estresse, desenvolveram manias.
Alexandre Niculescu, autor da pesquisa, diz que o ácido gordo DHA, um dos principais compostos ativos nos óleos de peixe, foi administrado aos animais, que tiveram seu comportamento normalizado. "Os ratos que receberam DHA normalizaram seu comportamento, eles não estão deprimidos e quando submetido ao estresse, eles não desenvolveram manias", completa o especialista.
"Quando nós olhamos em seus cérebros, através de estudos de expressão gênica global, ficamos surpresos ao ver que os genes que são alvos conhecidos de medicações psiquiátricas, foram modulados e normalizados pelo DHA", diz Niculescu. Foi observado também uma redução do desejo pelo álcool, comum em pacientes bipolares, o que sugere que o ômega 3 pode ser usado em tratamento de alcoolismo.
Niculescu explica que as descobertas são importantes, já que mostram que algumas substâncias, como os ácidos graxos, podem atuar no cérebro de forma semelhante às drogas psiquiátricas. O estudo foi publicado no Journal Translational Psychiatry.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Chás naturais podem ter graves efeitos se usados sem prescrição

Se um produto é natural e não precisa de prescrição médica para ser usado, ele deve ser seguro, fazer bem à saúde e quase não ter efeitos colaterais, certo? Não necessariamente. A medicina alternativa complementa os cuidados com a saúde - cerca de 25% de todos os medicamentos são derivados de árvores, arbustos ou ervas. Mas, se não usados com cautela, os produtos naturais podem causar reações adversas e até modificar a ação de outros remédios.
A arnica, por exemplo, usada como cicatrizante de hematomas, pode causar diminuição do efeito de remédios para pressão alta.
"As pessoas acham que é natural e que pode tomar à vontade. Acham que, se não faz bem, mal não faz. Isso é errado, porque dependendo da dosagem pode virar veneno. Ou seja, não se deve tomar chás ou cápsulas naturais sem orientação", explica o médico João Marcello Branco. Os fitoterápicos são uma classe de substâncias retiradas da natureza classificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como medicamentos e devem ser tratadas como tal.
"Algumas ervas potencializam o efeito dos medicamentos sintéticos. Outras atrapalham. Além disso, muitas vezes as drogas e os fitoterápicos são metabolizados no mesmo órgão, como o fígado. Isso sobrecarrega seu funcionamento e pode provocar uma hepatite medicamentosa aguda¿, diz Branco.
Os piores suplementos, segundo Nancy Snyderman, otorrinolaringologista especialista em câncer de pescoço e garganta, são os que prometem perda de peso. Muitos dizem acelerar o metabolismo, controlar o apetite e queimar gorduras. Mas são associados a estimulantes como cafeína, que causam efeitos colaterais graves, como estímulo excessivo do sistema nervoso central e aumento da pressão.
A rede municipal tem especialistas em medicina natural. Informações sobre atendimento podem ser obtidas no Disque Rio (1746).

Misturas Perigosas 
Camomila - Usada como calmante e anti-inflamatório, prejudica a ação de remédios para afinar o sangue e bloqueia a absorção de ferro. 
Éfedra - Indicada para tratamento de obesidade e asma, a substância aumenta a pressão arterial e pode estimular excessivamente o sistema nervoso central. 
Ginkgo Biloba - A planta costuma ser usada para melhorar a circulação e até mesmo a memória, mas pode trazer sérios riscos. O produto potencializa o efeito dos medicamentos para afinar o sangue e pode aumentar o risco de convulsões. Ginseng - Usado como estimulante, o ginseng interfere na ação de medicamentos para o coração, para controlar a pressão e para diabete. Além disso, o produto prejudica a ação de antidepressivos e de drogas para afinar o sangue.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Chocolate e cafeína podem desencadear enxaqueca; tire dúvidas

Se você tem dores de cabeça e logo fala que sofre de enxaqueca, saiba que nem todo incômodo recebe essa classificação. A enxaqueca, em particular, apresenta ao menos cinco crises dolorosas. Alguns alimentos costumam desencadear crises, como o chocolate e a cafeína. Quer saber mais sobre a doença, como sintomas, causas e detalhes do tratamento? Então, confira abaixo oito explicações do neurologista Álvaro Pentagna, do Hospital São Luiz, de São Paulo:
1 - O que é
Enxaqueca é um tipo de cefaleia (dor de cabeça) primária, ou seja, uma dor de cabeça sem lesão craniana que a justifique. É uma doença crônica que requer tratamento adequado.
2 - Sintomas
Não existem "simples dores de cabeça". Todas têm uma classificação específica. A enxaqueca, em particular, apresenta ao menos cinco crises dolorosas (com duração de quatro a 72 horas). É comumente pulsátil, unilateral, de intensidade moderada à forte. Piora com atividade física rotineira (como subir escada) e vem acompanhada por náusea e, eventualmente, vômitos. Luz e barulho incomodam bastante durante as crises. Além disso, podem ocorrer auras enxaquecosas, que são fenômenos visuais de luzes ou pontos cegos, formigamentos pelo corpo, sons ou odores sentidos antes ou no início do evento.
3 - Diagnóstico
Para o diagnóstico, as características acima são analisadas pelo médico, que também deve estar seguro que não haja uma causa lesional para a dor (cefaleia secundária).
4 - Gatilhos
Os pacientes geralmente conhecem os hábitos que costumam desencadear crises. Os gatilhos mais mencionados são estresse, privação ou períodos prolongados de sono, menstruação, chocolate, cafeína, álcool (principalmente vinho tinto), alimentos ácidos, alguns perfumes ou odores. É importante lembrar que esses itens não são fatores que levam alguém a desenvolver enxaqueca, mas só facilitadores de crise em portadores.
5 - Mulheres
Estima-se que haja uma prevalência da patologia em aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens. A principal época de início das crises é entre a segunda e terceira décadas de vida.
6 - Causas
São várias as teorias sobre as suas causas, mas ainda não se sabe com certeza todos os mecanismos envolvidos. Quanto à causa genética, desde o século XVII, existem descrições sobre um padrão familiar da dor, porém isso não pode ser aplicado a todos os pacientes. Há um tipo específico de enxaqueca, a hemiplégica familiar, que está relacionada a um cromossomo específico em 50% dos casos.
7 - Predisposição
Qualquer pessoa pode desenvolver o problema. Basta ter predisposição genética e alterações vasculares e nervosas que a medicina ainda não sabe especificar tão bem;
8 - Tratamento
O tratamento é baseado em evitar os comportamentos acima e em medicamentos. O paciente deve tomar diariamente o remédio preventivo para que não ocorra a crise dolorosa ou para que seja menos intensa, duradoura e frequente. O abortivo da dor é um medicamento usado assim que se percebe a vinda da dor e sua função é reduzir a intensidade e duração da crise. Exercícios de relaxamento ou terapia cognitivo-comportamental são medidas terapêuticas de grande ajuda.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Hepatite C atinge 200 milhões; informe-se sobre os tipos da doença

Hepatite é toda inflação no fígado, órgão que funciona como filtro do organismo. Pode ser diagnosticada como uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre a doença por acaso) ou até uma hepatite fulminante, levando o paciente à morte em pouco tempo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 200 milhões (ou 3% da população) de infectados somente pela hepatite C. Nesta quinta-feira (19), Dia Mundial de Combate à Hepatite, saiba quais são os tipos da doença, seus sintomas e dicas de prevenção. Os dados são do hepatologista Fernando Pandullo, do Hospital São Luiz, de São Paulo.
1 - Os sintomas mais comuns são pele amarelada (icterícia), febre, enjoos, urina escura e fezes claras.
2 - A hepatite A pode ser transmitida por meio da ingestão de alimentos e água contaminados. Normalmente, o tratamento medicamentoso tem curta duração e as chances de cura atingem 99% dos casos.
3 - A hepatite B é transmitida pelo contato sexual, transfusão de sangue, via placento-fetal, compartilhamento de agulhas e seringas. O quadro clínico pode evoluir e se tornar crônico.
4 - A hepatite C pode ser adquirida por meio de transfusão de sangue, mas muitas de suas causas ainda são desconhecidas. O tratamento é realizado com medicamentos. Pode evoluir e desencadear câncer no fígado.
5 - A hepatite D se manifesta em pessoas portadoras da hepatite B. Além disso, o paciente tem maiores chances de desenvolver a forma aguda da doença e precisar de transplante de fígado.
6 - A hepatite E é muito parecida com o quadro clínico da hepatite A. É do tipo não-crônico e se manifesta, principalmente, em países em desevolvimento com saneamento básico precário, por conta da contaminação da água e de alimentos. Raramente, é transmitida diretamente de uma pessoa para a outra.
7 - Além de receber a vacina contra a doença, é importante seguir algumas orienções para evitar o contágio. Entre as dicas, estão ingerir somente água tratada e alimentos higienizados, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, praticar sexo somente com proteção e não ingerir medicamentos sem orienção médica.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Descubra plantas e ervas que podem fazer mal em excesso

Quando pensamos em ervas e verduras, dificilmente levamos em conta que alguma delas pode nos fazer mal, visto que são consideradas alimentos leves, associados à cura de pequenos transtornos. Todavia, até mesmo na hora de ingerir chás e saladas é preciso equilíbrio, pois como lembrou Paulo Edson Reis Jacob Neto, presidente do Sindicato dos Terapeutas do Estado do Rio de Janeiro (Sinter-RJ) e terapeuta naturalista, "toda planta é tóxica. O que varia para o veneno é a dose".
Por causa de suas vitaminas, minerais e nutrientes, muitas verduras e ervas devem ser consumidas com moderação para que não façam mal à saúde. O limite, segundo Jacob Neto é algo individualizado, pois leva em consideração idade, peso, sexo e outras características pessoais.
"Nada deve ser consumido indiscriminadamente. Nem mesmo alface! Além de ser calmante, vejo muita gente começar a fazer dieta e se jogar na alface. Rica em manganês, ela pode prejudicar o funcionamento da tireoide se for ingerida em demasia, atrapalhando o processo de emagrecimento. Por isso ressalto que o que é tóxico é o que não faz bem, não aquilo que mata", contou o terapeuta.
Jacob Neto demonstrou preocupação com a crescente "moda" do consumo de produtos naturais, lembrando que muitas pessoas vão às lojas que vendem estes itens e fazem compras como se estivessem em um supermercado, porém sem qualquer orientação sobre o que estão adquirindo e como devem consumir saudavelmente aquele produto. "Virou moda consumir cápsulas de carqueja com alcachofra para emagrecer. Só que as pessoas não sabem, por exemplo, que a carqueja, em excesso abaixa a imunidade e expõe a pessoa à doenças", destacou.
Segundo o terapeuta, existe uma diferença significativa entre remédios e medicamentos: "todo remédio vem de plantas, exclusivamente. Os medicamentos já são compostos 70% de vegetais, 25% de minerais e 5% de animais e tende a gerar efeitos colaterais". O profissional também recomendou que o uso de suplementos seja feito única e exclusivamente sob prescrição médica para evitar overdoses que podem prejudicar a saúde: "quando ingerimos o alimento, dificilmente temos esse tipo de problema".
Chazinho da vovó
Nem sempre o chá pode ser um aliado no combate às doenças, pois também podem fazer mal. O conselho das avós, de sempre mesclar ervas não é para ser descartado, visto que algumas plantas podem ser mal absorvidas ou causar outros males quando ingeridas sozinhas.
"Temos que levar sempre em consideração a individualidade para não haver excesso. No caso dos chás, recomendo, de maneira genérica, o consumo de 30ml de líquido por kg. Também não é preciso usar sempre folhas secas, mas se usar as frescas, é preciso aumentar a quantidade do ingrediente, porque elas têm mais água", sugeriu o terapeuta.
Para conseguir o efeito desejado também é preciso combater a prisão de ventre para que todas as propriedades nutricionais do alimento possam ser absorvidas corretamente pelo nosso corpo.
O uso de produtos naturais também não deve ser feito ininterruptamente porque o corpo se acostuma. "O ideal é fazer uso por 21 dias, parar uma semana para que todas as células se renovem, e retomar o uso", ensinou o profissional, que recomendou a busca de orientação médica, pois "toda planta é tóxica e seu uso deve ser individualizado".
Saiba mais:
Conheça a seguir alguns vegetais e nutrientes que, em exagero, podem comprometer a saúde:
- Absinto (losna): ótimo vermífugo, o chá desta planta amarga é bom para febre, dor de estômago e problemas do fígado, mas pode destruir os glóbulos vermelhos do sangue;
- Agrião: muito rico em iodo, deve ser evitado por gestantes no primeiro e no último trimestre de gestação, pois pode comprometer a tireoide e induzir um aborto ou o parto prematuro;
- Alface: tem propriedades calmantes e é rico em manganês, podendo comprometer o funcionamento da tireoide quando consumido em excesso;
- Aloe vera (babosa): usada para tratar queda de cabelo, queimaduras, eczema e erisipela, deve ser usada apenas externamente, pois caso seja consumida, pode causar nefrite;
- Café: estimulante e rica em cafeína, é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, mas em demasia pode causar azia por sua acidez, insônia e até taquicardia;
- Capim Limão: calmante e digestivo, pode aumentar a acidez estomacal e provocar azia;
- Carqueja: o chá amargo é digestivo e faz bem ao fígado, mas, quando consumido em demasia, reduz os glóbulos brancos, comprometendo a imunidade;
- Genciana: trata males estomacais, intestinais, do fígado e da vesícula. Em demasia, causa enjoo e fraqueza;
- Guiné: pode ser usada no tratamento de dores de cabeça e cólicas intestinais. Em excesso, é tóxica;
- Poejo: seu chá é calmante, induz ao sono e também é usado para tratar rouquidão e má digestão. É abortivo;