sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tomar suplementos alimentares pode ser faca de dois gumes

Comportamento de risco
Você pertence à metade da população que utiliza frequentemente suplementos alimentares com a esperança de que eles lhe façam bem?
Bem, de acordo com um estudo publicado na revista científicaPsychological Science, parece haver uma interessante relação assimétrica entre a frequência do uso de suplementos alimentares e o estado de saúde dos indivíduos.
Ou seja, quem toma suplementos alimentares parece acreditar ter ingerido uma licença para assumir comportamentos pouco saudáveis.
"Uma revisão da literatura médica sobre a prevalência do uso de suplementos alimentares, mostra que o uso de suplementos alimentares é crescente, mas não parecia haver uma correlação disto com uma melhora na saúde pública," Wen-Bin Chiou, da Universidade Nacional de Sun Yat-Sen, em Taiwan.
Invulnerabilidade presumida
Foram feitos dois experimentos utilizando um conjunto diversificado de medidas comportamentais para determinar se o uso de suplementos alimentares poderia induzir a comportamentos danosos à saúde.
Os participantes do grupo A ficaram sabendo que iriam tomar um multivitamínico, e os participantes no grupo-controle ouviram que iriam tomar um placebo.
Na verdade, todos os participantes tomaram pílulas de placebo.
Os resultados dos experimentos demonstraram que os participantes que acreditaram que tinham tomado suplementos vitamínicos sentiam-se invulneráveis aos riscos à saúde, o que os levou a se engajar em comportamentos de risco à saúde.
Especificamente, os participantes do grupo que achava que haviam tomado suplementos usar expressaram menos vontade de praticar atividades físicas e mais desejo de se envolver em atividades prazerosas, mas não-saudáveisf.
Maldição da auto-indulgência
O que significa tudo isto?
De acordo com as conclusões do estudo, "as pessoas que usam suplementos alimentares para a proteção da saúde podem pagar um preço oculto, a maldição da auto-indulgência.
Depois de tomar suplementos alimentares no período da manhã, as pessoas devem verificar se sua invulnerabilidade ilusória não foi ativada, restaurando seu comportamento saudável," dizem os pesquisadores.
Simplificando, as pessoas que tomam suplementos alimentares podem ter a falsa ideia de que são invulneráveis a problemas de saúde e podem tomar decisões ruins quando se trata de sua saúde - como a escolha de fast foodem detrimento de uma refeição saudável e orgânica.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Saiba quais os alimentos são vilões na hora de engravidar

Você sabia que alguns alimentos influenciam diretamente no seu poder de engravidar? Pesquisas revelam quais são os maiores vilões da infertilidade; saiba mais aqui

Por Sofia Benini, filha de Maria Paula e Nery

Há uma série de fatores que influenciam na fertilidade da mulher. Alguns já sabidos, como doenças, e outros nem tanto, como determinados tipos de alimento. Sim, alguns alimentos são capazes de influenciar a capacidade de a mulher engravidar. E se você está querendo engravidar, é bom prestar atenção no que come. É o que  mostra um estudo recente divulgado no Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia, que associou o consumo de proteínas à falta de ovulação. Nas mulheres acima de 32 anos, o consumo da proteína animal (carne vermelha, frango, peru, carnes processadas, peixe e ovos) aumentou o risco de um ciclo anovulatório – ou seja, aquele no qual os ovários falham em liberar um óvulo. Por outro lado, as proteínas vegetais (como tofú ou grão de soja, ervilhas, feijão ou lentilha, amendoim) foram associadas a um risco menor de infertilidade na ovulação.

Portanto, a dieta é uma parte importante para uma gravidez saudável e garantida. Segundo a nutricionista Rosa Silvestrim, do Centro de Pesquisa e Reprodução Humana Nilo Frantz, em Porto Alegre, há uma relação direta entre a qualidade dos óvulos e a dieta: “Uma alimentação balanceada, à base de nutrientes específicos, mantém os órgãos reprodutores saudáveis e prontos para conceber”. A desordem no peso corporal é uma das causas de falha na reprodução em mulheres. Mulheres com baixo peso ou com sobrepeso tem ciclos irregulares, nos quais a ovulação não ocorre ou é inadequada.”

Mas um dos principais fatores relacionados à infertilidade da mulher é uma doença que afeta entre 5 a 10% da população, estima-se. É a síndrome do ovário policístico, muito comum nas mulheres em idade reprodutiva. No mundo todo, calcula-se que são 105 milhões de mulheres entre 15 e 49 anos de idade com o diagnóstico da doença. E, adivinhe?, a Síndrome do Ovário Policístico, ou SOP, também está relacionada com nossa dieta.

Síndrome do ovário policístico x Alimentação
É uma relação meio complicadinha, mas dá pra entender. Funciona assim: o desenvolvimento desta doença está relacionada a altos níveis de um tipo especifico de insulina no organismo, o IGF-1. E esta insulina, por sua vez, está relacionada ao consumo de proteínas animais. Ou seja, o alto consumo de carnes vermelhas, processadas, ovos, frango, peru e peixe pode ocasionar o aumento desta insulina no nosso corpo. E uma vez que ela está em alta, o campo é propício para o aparecimento da Sindrome do Ovário Policístico, que é uma das causas mais comuns da infertilidade. Portanto, fique de olho com o que você come. Preparamos uma tabela com os alimentos amigos e inimigos da fertilidade.

 
Alimentos “férteis”
 Alimentos “inférteis”
* frutas em geral (maçã, uva preta principalmente),

* vegetais em geral (dê preferência aos verdes-escuro)

* azeite de oliva extra virgem

* nozes e amêndoas,

* pão integral, aveia

* peixes

* feijão e lentilha
carnes gordas

* frituras

* manteiga e banha

* carboidratos com alto índice glicêmico (pão branco, batata inglesa, doces, açúcar)

* café em excesso (até 300ml/dia)

* adoçantes

* bebida alcóolica


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hipertensão arterial atinge 23,3% dos brasileiros

Estudo do Ministério da Saúde mostra que a proporção aumenta com a idade, atingindo mais de 50% das pessoas com mais de 55 anos

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010. Em relação ao ano passado, no entanto, o levantamento aponta recuo de 1,1 ponto percentual – em 2009, a proporção foi de 24,4%. 

Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e foram divulgados nesta terça-feira (26), Dia Nacional da Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial. O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP). Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no DF. 

De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade. 

O estudo aponta que a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico é mais marcada na população feminina: enquanto 34,8% das mulheres com até oito anos de escolaridade referem diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em apenas 13,5% das mulheres com doze ou mais anos de escolaridade. 

“Existe uma certa estabilidade no número de hipertensos no país, em torno de 25%, considerando a população geral. Mas essa proporção dobra entre as pessoas acima dos 50 anos. Outra questão importante é o acesso à atenção primária, que justifica essa diferença entre homens e mulheres, ou seja, elas buscam mais os serviços de saúde do que eles”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

CAPITAIS – A variação entre as capitais é de 13,8%, em Palmas, a 29,2%, no Rio de Janeiro. Nos homens, as maiores frequências foram observadas no Distrito Federal (28,8%), Belo Horizonte (25,1%), e Recife (23,6%); e as menores, em Palmas (14,3%), Boa Vista (14,6%) e Manaus (15,3%). 

Entre mulheres, os maiores percentuais foram no Rio de Janeiro (33,9%), Porto Alegre (29,5%) e João Pessoa (28,7%); e os menores, em Palmas (13,2%), Belém (17,4%) e Distrito Federal (18,1%). 

TRATAMENTO – Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente todas as classes de medicamentos necessários para o controle da hipertensão arterial. O programa Aqui Tem Farmácia Popular também ampliou a gratuidade de medicamentos para hipertensos. Hoje, são mais de 15 mil farmácias e drogarias conveniadas ao programa. 

Além disso, os serviços de saúde e as equipes de Saúde da Família (o Brasil conta atualmente com 31.974 equipes) estão orientados e capacitados para atuar na prevenção da hipertensão. 

Essas equipes utilizam um nonograma (instrumento de medida), que facilita e agiliza a identificação da classificação de risco dos pacientes portadores de hipertensão arterial. Uma vez identificado o grau do risco, a equipe básica pode fazer o atendimento e encaminhamento adequado do paciente. 

AÇÕES – O governo federal vem investindo nas ações de promoção da saúde, para prevenção e controle da hipertensão. No último dia 7 de abril, o Ministério da Saúde e as associações que representam os produtores de alimentos processados firmaram termo de compromisso para reduzir o sal nos alimentos industrializados. O acordo estabelece um plano de redução gradual na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos, começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. 

Também no dia 7 de abril, foi lançado o programa Academia da Saúde, iniciativa para promover hábitos saudáveis e estimular a promoção da saúde na população. O programa prevê a implantação de infraestruturas com espaços para a realização de atividades individuais e coletivas, e equipamentos para alongamentos e outras práticas físicas e de lazer, com a orientação de profissionais qualificados. As informações sobre como os municípios podem participar, envio de propostas e repasses dos recursos serão divulgadas em breve em Portaria do Ministério da Saúde. 

HIPERTENSÃO – A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, algumas das complicações são: entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto. 

terça-feira, 26 de abril de 2011

ENCARTE DO MÊS DAS MÃES - OFERTAS ESPECIAIS












Banho quente em dias frios pode fazer mal ao coração

Em dias muito frios, nada como um banho quente de banheira para relaxar, certo? Errado. Ao menos, esta foi a descoberta de cientistas japoneses da Kyoto Prefectural University, que constataram que banhos quentes em dias gelados podem ser prejudiciais à saúde do coração, como divulgado no jornal britânico Daily Mail nesta segunda-feira (25).
Os cientistas analisaram 11 mil casos de ataques cardíacos acontecidos na cidade de Osaka entre 2005 e 2007 e notaram que aconteciam 54 novos casos a cada dez milhões de pessoas, enquanto nos exercícios físicos, os números eram de apenas dez casos a cada dez milhões de pessoas.
Os pesquisadores ainda não têm explicações precisas sobre o que acontece com o coração, mas disseram acreditar que a queda rápida da pressão quando emergimos na banheira quente pode estressar o coração. "Aquecer o banheiro antes de entrar na água pode ser uma das formas preventivas de cuidar do coração", sugeriu Chika Nishiyama, líder da pesquisa.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Especialistas alertam: uso de repelente em crianças deve ser moderado

CLARISSA MELLO
Coça daqui, coça de lá. Quando o assunto é mosquito, não há pai e mãe que não fiquem preocupados com possíveis picadas em seus rebentos. Mas o pior não é só a coceira. O medo das doenças transmitidas pelos insetos, como a dengue, faz com que eles encham os filhos com repelentes.
Especialistas alertam: não é todo produto que pode ser usado em crianças. Além disso, o uso em excesso pode irritar a pele dos pequenos e até causar problemas mais graves."Primeiro é preciso saber que tipo de substância está sendo aplicada. A mais comum é a D.E.E.T (dietiltoloamida), presente na maioria dos repelentes que estão no mercado. Essa substância é tóxica e, por isso, deve ser usada com cautela. Em crianças, por exemplo, a concentração não deve ultrapassar 10%", explica a dermatologista especializada em Pediatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lucia Mandel.
Segundo a profissional, os pais precisam ficar atentos aos rótulos dos produtos. Apesar de ainda não estar valendo a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que obriga que embalagens tenham informações como concentração, forma de uso e tempo de reaplicação, algumas empresas já começaram a incluir os dados.
"Quanto mais concentrado, maior a duração. Repelente infantil não dura mais do que duas horas na pele", ensina a presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Kerstin Abagge.
Mas engana-se quem pensa que a solução é reaplicar o produto toda hora. Ao contrário: o ideal é limitar em até três vezes por dia. E só utilizar sob orientação médica.
"Levei ao pediatra, que me indicou o produto adequado", conta Daniela Chaves, mãe de Pedro Annibal, 3 anos. No Colégio Palas, Tijuca, onde ele estuda, os cuidados não são esquecidos. "Pedimos aos pais que mandem os repelentes e passamos nas crianças até duas vezes ao dia, dependendo de quantas horas passam na escola", diz a coordenadora Vânia Ferreira.
A cada idade
Segundo a presidente do Comitê de Dermatologia da Sociedade de Pediatria do Estado do RJ, Ana Mósca, pais devem estar atentos a algumas especificações antes de usar repelente nos pequenos. Confira.
0 a 6 meses
Não deve ser usado repelente. Isole a pele com óleo infantil, que ajuda a evitar que o mosquito identifique o cheiro do suor do bebê. O ideal é deixar a pele oleosa. Use telas de proteção na janela e mantenha ambientes fechados.
6 meses a 2 anos
O ideal é continuar evitando o repelente. Se houver necessidade, prefira usar o produto na roupa da criança antes de vestí-la. Nesse caso, opte por repelentes à base de termetrina, menos tóxico do que o D.E.E.T.
2 a 7 anos
Use repelentes com moderação. A concentração deve ser menor do que 10% e o produto só deve ser utilizado em áreas expostas do corpo. O ideal é usar ao entardecer, quando há maior circulação de mosquitos. Aconselha-se no máximo duas vezes por dia.
7 a 12 anos
Ainda deve ser usado o tipo infantil, mas o uso já é mais liberado. Use até três vezes por dia somente nas áreas expostas do corpo.
A partir dos 12 anos
Pode ser usado o repelente comum, para adultos. O uso também deve ser de três vezes ao dia no máximo.
Outras dicas
Não passe repelente na palma da mão da criança, que pode levar o produto à boca. Não use por baixo da roupa. Uso em excesso pode causar alergia, vômito, tontura e dor de cabeça. Concentração de 10%: efeito dura até duas horas; 20%, quatro horas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mortalidade infantil: diarreia é a segunda maior causa

A diarreia é a segunda maior causa de morte em crianças de até cinco anos no mundo, perdendo apenas para a pneumonia. Segundo informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (20), estima-se que o rotavírus seja responsável por cerca de um terço dos casos de diarreia.
O rotavírus é perigoso porque ataca as mucosas do intestino, impedindo a absorção do líquido. Se a doença não for tratada, a desidratação acaba provocando uma perda drástica de nutrientes, o que pode ser fatal.
A doença pode atingir também os adultos, mas neles os casos são menos graves. No Brasil, desde 2006, a vacina contra o rotavírus faz parte do programa nacional de vacinação. Porém, após a infecção, a medida mais indicada é procurar um médico e hidratar a criança.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Emagrecer comendo mais: conheça a dieta volumétrica

Quem vive de dieta já está cansado de experimentar as mais diferentes novidades da área e acabar sempre com a mesma sensação: mau humor e fome. Pensando em resolver este problema, a nutricionista americana Barbara Rolls apoiou-se em uma série de pesquisas e, como resultado, publicou o livro "A dieta volumétrica - Perca peso comendo mais", lançado pela Editora Best Seller em março de 2011. Depois da análise, Barbara concluiu que sim, é possível diminuir o manequim sem passar fome.
A base da dieta é bem simples, apoiada essencialmente na inclusão de uma quantidade maior de água e fibras na alimentação. Mas engana-se quem pensa que beber água é a chave para a diminuição do apetite. Na verdade, Barbara sugere que as pessoas façam escolhas inteligentes à mesa e passem a incluir no menu alimentos ricos nestes dois componentes - o que, segundo ela, traz a sensação de saciedade com calorias reduzidas.
Por isso, a dieta volumétrica prioriza alimentos como frutas, grãos cozidos, vegetais, carnes magras, aves, peixes e feijões; e exclui as opções ricas em gordura, como batata frita, ou alimentos muito secos, como biscoito tipo cracker.
Prós e contras
Para Elaine de Pádua, nutricionista do ambulatório da Saúde da Mulher da Unifesp, um dos pontos positivos da dieta é que, diferente das tradicionais, ela prioriza o volume satisfatório, uma vez que alimentos ricos em água e fibras saciam por mais tempo. "Consequentemente, a pessoa come menos, e os alimentos não são tão calóricos. Quando a pessoa se sente saciada, não vai atacar uma barra de chocolate com compulsão, que é o grande problema das dietas restritivas", ela explica.
Por outro lado, a especialista alerta que a pessoa que deseja investir nessa dieta tem que ter muita disciplina, e, além disso, gostar de variedade: "Quem optar pela volumétrica tem que gostar de vários tipos de legumes e frutas, para não cair na monotonia. Como é uma dieta que prioriza muito os alimentos naturais, ela também pode ser um pouco mais trabalhosa."
Já a nutricionista Roberta Elisa Ribeiro Guerreiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, não concorda muito com o mote da dieta - "Perca peso comendo mais": "Lendo o slogan sem conhecer a dieta, a pessoa pode entender que pode comer qualquer alimento em qualquer quantidade e que mesmo assim, perderá peso e isso não é verdade, além de trazer danos à saúde", ela reforça.
Para Roberta, a dieta é prática porque não exige contas muito elaboradas, mas apresenta restrição drástica de alguns alimentos mais calóricos: "O correto seria o consumo consciente e adequado destes alimentos. Um exemplo de alimento que pela dieta volumétrica seria excluído é o azeite, que apresenta uma alta densidade energética, mas é altamente benéfico à saúde", afirma.
Segundo Roberta, a dieta não é recomendável para quem deseja melhorar a alimentação com equilíbrio: "Cada pessoa tem uma necessidade específica de nutrientes e as dietas em geral não atendem estas necessidades", ela observa.
A nutricionista Elaine, no entanto, acredita que a dieta volumétrica é uma opção saudável, não sendo indicada apenas para idosos ou pessoas com histórico de anemia: "Como a volumétrica inclui o aumento de fibras, isso pode interferir de forma negativa na absorção de alguns minerais, como o ferro, no caso das pessoas anêmicas, ou o cálcio, necessário para a saúde óssea dos idosos."
Dieta restritiva x Dieta volumétrica 
Elaine reforça que a volumétrica é mais eficaz do que as dietas restritivas, que são pautadas pelo cálculo metabólico basal, ou seja, quanto o indivíduo gasta em repouso versus quanto ele deve consumir. "Como o corpo passa a receber menos calorias, as células ficam mais econômicas e passam a estocar energia. Com isso, o metabolismo desacelera e aí vem o acúmulo de gordura. O gasto energético acaba sendo influenciado por uma quantidade limitada de alimentos."
Ela avalia que a perda de peso varia muito de acordo com o organismo mas que, de um modo geral, a pessoa que seguir a dieta volumétrica à risca poderá perder até um quilo por semana, totalizando quatro ao final do mês: "Perder um quilo por semana está de bom tamanho. As pessoas se encantam com essas dietas que prometem a diminuição de até dez quilos, mas elas se esquecem que a perda de peso também significa perda de massa magra e, com isso, o gasto de energia acaba caindo também", finaliza.
Escolhas inteligentes, sabor garantido
A nutricionista Barbara deixa claro no livro a questão das escolhas alimentares, tanto na quantidade quanto na qualidade dos pratos que vão pra mesa. Como a ideia é inserir alimentos com volume de água mais elevado, ela sugere que a pessoa sempre troque os secos pelos mais úmidos, o que ela chama de "refeições mais volumétricas".
Ensopados, cozidos, sobremesas à base de frutas e massas com vegetais são algumas delas, sempre com foco na redução da gordura e no aumento de água e fibras. Como fonte de inspiração, o Terra selecionou uma dica de almoço sugerida pelo livro.
Receita da dieta
Batata assada com brócolis e queijo
Batata assada: cubra 1 batata assada com 1 colher (chá) de manteiga (ou margarina em tablete, macia), 1 xícara de brócolis levemente cozidos (no microondas por 2-3 minutos) e ¼ de xícara (30gr) de queijo cheddar com redução de gordura.
Salada mista: combine duas xícaras de alface, ¼ de xícara de pepino fatiado e ¼ de xícara de cenoura ralada. Regue com 2 colheres (sopa) de vinagrete de tomate e ervas, molho Ranch cremoso de pepino ou cerca de 40 calorias de um molho para salada industrializado.
Cerca de 40 calorias de frutas: ¾ de xícara de framboesas, 1 pêssego, 1 ameixa ou 1 xícara de morangos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Comer peixe na gravidez reduz riscos de depressão pós-parto

Pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, descobriram que gestantes que ingerem peixes gordurosos como o salmão, ricos em ômega 3, reduziram as chances de desenvolver depressão pós-parto, como divulgou o jornal Daily Mail nesta quarta-feira (13).
O estudo acompanhou 52 gestantes, sendo que metade consumiu placebo e a outra metade recebeu cápsulas de ômega 3 cinco vezes na semana, a partir da 24ª semana de gravidez. Após o nascimento da criança, as que ingeriram o ômega 3 se saíram melhor ao responder um questionário desenvolvido para identificar os sintomas da depressão pós-parto.
A depressão pós-parto afeta cerca de 13% das novas mães e o ômega 3 teria a capacidade de proteger a saúde mental das mulheres. Todavia, a ingestão excessiva de peixes gordurosos durante a gestação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê, sendo, portanto, necessário o equilíbrio na dieta. "O consumo deve ser obtido com o consumo de alimentos para poder atingir o potencial de reduzir os sintomas da depressão", contou a pesquisadora Michelle Price Judge.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Estudo mostra que mães jovens tendem a descuidar da saúde

Um estudo divulgado pela CNNnesta segunda-feira (11) sugeriu que mães jovens acabam descuidando da própria saúde para dedicarem-se com mais afinco ao bebê.
A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Minnesota, acompanhou 1500 jovens de até 25 anos, de etnias e grupos socioeconômicos variados, e concluiu que aqueles que não têm filhos se exercitam mais do que os que já são pais. As mães ainda apresentaram Índice de Massa Corpórea (IMC) muito acima do que as colegas sem filhos, devido aos hábitos pouco saudáveis que adotaram após o nascimento da criança, com aumento no consumo de gorduras saturadas e bebidas açucaradas (refrigerantes e energéticos) e decréscimo na ingestão de verduras como brócolis e espinafre. De acordo com o estudo, esta diferença não foi tão significativa entre os homens.
Jesica Berge, líder da pesquisa, nos Estados Unidos, disse que as mães acabam tendo pouco tempo para preparar refeições saudáveis para si por priorizarem a criança, optando, assim, por pratos rápidos e processados: "a demanda de coisas a fazer é tão grande que elas sacrificam a alimentação saudável para ganhar tempo e acabam preparando alimentos ricos em gordura", explicou.
A pesquisadora descobriu ainda que as mães jovens tentam se alimentar de maneira adequada e consomem tantas frutas, grãos, fibras e cálcio quanto as mulheres da mesma idade que ainda não têm filhos e os primeiros meses na companhia do bebê são os que mais apresentam riscos à saúde dos jovens adultos, pois "é uma fase nova, na qual eles estão aprendendo a ser pais e ainda passam pela adaptação de deixarem de ser apenas filhos para tornarem-se responsáveis pelo bebê e por si mesmos, precisando encontrar o equilíbrio ideal", justificou Jesica.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Criado primeiro padrão brasileiro para peso de bebês

Padrão de peso de bebês
Acaba de ser criado o primeiro padrão de peso ao nascimento de acordo com a idade gestacional, específico para aplicação no Brasil.
Fruto de um trabalho de parceria entre a engenharia e a medicina, a pesquisa analisou cerca de 8 milhões de dados referentes a partos de nascidos vivos.
É o maior estudo desse tipo já realizado no mundo e o primeiro com dados colhidos em todo o Brasil.
O estudo foi desenvolvido por Carlos Pedreira (UFRJ/Coppe) em conjunto com Elaine Sobral da Costa e Sylvia Porto, do (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira), e Francisco Carlos Pinto, da Universidade Federal Fluminense.
A pesquisa completa será publicada em junho de 2011 nos Anais da Academia Brasileira de Ciências.
Peso para idade gestacional
O principal resultado do trabalho em breve estará disponível para médicos de todo o país: são gráficos e tabelas que ajudarão pediatras e neonatologistas a identificar se uma criança nasceu com o peso adequado para a idade gestacional correspondente.
Essa relação indica se a gravidez foi saudável, possibilita o prognóstico de doenças e agiliza o início do tratamento, sobretudo no caso de bebês prematuros - que em geral nascem abaixo do peso e, por isso, carecem de mais cuidados e atenção.
Confiantes no impacto social de seu trabalho, os pesquisadores esperam que, a partir da publicação do trabalho, e com a colaboração da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde, as tabelas e gráficos venham a se tornar a referência nacional para a relação peso por idade gestacional.
Partos prematuros
Segundo o Ministério da Saúde, em média 6,6% dos bebês nascidos vivos são prematuros, por causa de complicações durante a gravidez. No mundo todo, 1.500 mães morrem diariamente pela mesma razão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até o momento, as tabelas utilizadas pelos médicos para acompanhar o crescimento intrauterino e avaliar o peso do bebê ao nascer se baseiam em curvas de crescimento produzidas em outros países ou, quando muito, numa pesquisa brasileira de 1995, que analisou apenas 4,4 mil casos, todos em Brasília.
Ao trabalhar com os dados de 8 milhões de casos, recolhidos em todo o território nacional, o novo estudo reflete efetivamente a realidade dos nascidos no Brasil.
Tratamento precoce
Segundo a médica Sylvia Porto, a hipertensão arterial materna é o problema mais comum relacionado a partos prematuros, podendo exigir uma intervenção médica - no caso, um parto por cesariana antes do tempo normal de gestação - para não colocar em risco a vida da mãe ou a da criança.
Fatores externos, como fumo e bebida durante a gestação, também contribuem para o nascimento prematuro de crianças.
Os bebês com baixo peso - que é o quadro de todo nascido-vivo prematuramente - são sujeitos a diversas doenças, que podem se iniciar no nascimento e deixar seqüelas futuras, explica a médica.
"Identificar se o peso e o tamanho de um recém-nascido estão dentro da normalidade é importante para prognosticar doenças e iniciar o tratamento o mais cedo possível", diz ela.
Genética brasileira
Padrões desenvolvidos especificamente para uso no Brasil são necessários porque, como explica Sylvia Porto, as pesquisas internacionais ou com poucos casos analisados não refletem com precisão as características genéticas da população brasileira.
Para os padrões norte-americanos, os recém-nascidos brasileiros seriam considerados menores que o tamanho ideal, mas segundo os padrões brasileiros, não.
O estudo tem ainda a vantagem de ser o mais amplo realizado no mundo até agora. Antes disso, o levantamento mais abrangente foi feito nos Estados Unidos na década de 60 e se baseou em dados de cerca de 3 milhões de nascimentos. Os dados relativos aos 8 milhões de nascimentos do levantamento brasileiro, fornecidos pelo SUS, foram referem-se a maternidades de todos os estados brasileiros no período 2003-2005.
Reunir tal volume de dados e transformá-los em informações úteis, excluir possíveis erros e gerar uma curva que represente todo esse processo não é trabalho fácil. Só para formatar os dados foram necessários cerca de seis meses. Programas de análise de dados específicos foram escritos para eliminar erros das informações originais e facilitar as interpretações médicas.
Segundo Carlos Pedreira, da Coppe, os principais problemas encontrados durante esse processo foram erros de dados: "Desenvolvemos programas que filtravam os casos absurdos, como o de crianças nascidas com 16 kg ou com 160 gramas. Neste ponto, os parceiros médicos tiveram papel fundamental para garantir coerência aos resultados", diz ele.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Primeiros passos do bebê: como evitar contaminação de vírus

Um dos momentos mais engraçadinhos na vida dos papais é quando o bebê começa a engatinhare a dar os primeiros passos. Curioso, ele coloca os pezinhos no chão e usa as mãos e a boca para explorar o mundo.
Mas apesar de ser uma cena bem fofa de se ver, nesta fase os pequeninos ficam expostos a uma série de microrganismos, entre fungos, vírus e ácaros.
Eles podem causar doenças como sapinho, estomatite, micose e alergias. Quanto mais cedo elas forem diagnosticadas, mais rápido o incômodo passa!
Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Dra Valéria Marcondes, colocar roupas compridas na criança - calça, luvinhas, meias - pode ajudar a prevenir. "Prefira as peças de algodão, que são mais leves", sugere. E alerta: "Os bebês muito aquecidos por excesso de roupas podem desenvolver miliária, que são bolinhas avermelhadas que aparecem principalmente no tronco e na região do pescoço. Essas ‘brotoejas’ surgem pelo entupimento e ruptura das glândulas sudoríparas."
Quando a criança for dar os primeiros passou ou engatinhar, deixe-a no chão bem limpo. Evite carpetes. "Geralmente a quantidade de ácaros nesse material é muito grande e é mais difícil fazer a higienização", orienta a dermatologista. E dá outras dicas para dificultar a aproximação das bactérias: "Lave as mãos do bebê com frequência, usando sempre um sabonete que seja especialmente formulado e testado para a pele dele. E deixe de lado os produtos muito perfumados, pois podem gerar algum tipo de irritação ou alergia."
Dra. Valéria enumerou quatro das principais doenças que atingem os bebês durante os primeiros passos. Confira:
Sapinho ou monilíase: é causado por um fungo e se manifesta por meio de pontos brancos que cobrem toda ou parte da língua, gengivas, parte interna das bochechas e lábios.
Primeiros sinais: a dor pode interferir na alimentação e fazer com que o bebê perca o apetite.
Tratamento: usar antifúngico líquido quatro vezes ao dia.
Estomatite: essa doença sistêmica provoca mau hálito, acompanhado de saliva com sangue. Surgem também manchas azuladas ou acinzentadas que vão clareando conforme a criança cresce, mas não chegam a desaparecer. "A estomatite pode ser causada por infecção viral, bacteriana, fúngica, trauma, agentes tóxicos e irritantes, hipersensibilidade, doenças autoimunes, sensibilidade à pasta de dentes e corantes de doce", explica Dra. Valéria.
Primeiros sinais: ardência na gengiva, incapacidade para ingerir líquidos e principalmente alimentos ácidos.
Tratamento: depende exclusivamente do diagnóstico da doença-base.
Micose: causada por fungos se desenvolvem quando encontram umidade, calor e baixa defesa imunológica e se instalam na pele. "Ela surge entre o segundo e o quarto dia de vida do bebê e desaparece entre a primeira e a segunda semana de idade", explica a dermatologista. 
Primeiros sinais: descamação e coceira na planta dos pés, fissuras e coceira entre os dedos dos pés (frieira) e lesões arredondadas na pele ou na cabeça e queda de pelos.
Como evitar: cuidar da higiene pessoal, secar muito bem as dobras da pele, não ficar em contato direto com produtos de limpeza, não andar descalço e não usar roupas quentes e justas, nem sapatos fechados por muito tempo.
Alergia: essa irritação é causada por pelos de gatos e de cachorros, penas, bolores, ácaros, pólen cosméticos, tintas, certos alimentos (leite de vaca, chocolate), além de picadas de insetos.
Primeiros sinais: crises de asma e renite e diferentes reações na pele - pruridos, coceiras, erupções de diversos tipos, urticária, eczema e inchaços.
Tratamento: procurar sempre orientação médica para identificação do problema. Evitar possíveis substâncias irritantes e cuidados ao ingerir medicamentos.
Por Juliana Falcão (MBPress)

sábado, 9 de abril de 2011

Comer três bananas por dia pode diminuir risco de AVC

A fruta mais popular do Brasil pode prevenir acidente vascular cerebral (AVC). Cientistas britânicos e italianos sugerem três bananas por dia para obter o benefício.
Os pesquisadores analisaram dados de 11 estudos diferentes e constataram que uma ingestão diária de cerca de 1,6 mil miligramas de potássio por dia (cada banana oferece por volta de 500 miligramas) reduz as chances de derrame cerebral em 21%. O consumo de outros alimentos ricos no elemento, como espinafre e nozes, também é benéfico.
Vale acrescentar que a hipertensão é um fator de risco para o AVC e o potássio ajuda a diminuir a pressão arterial. Segundo o jornal Daily Mail, baixas quantidades do nutriente podem levar a batimento cardíaco irregular, irritabilidade, náuseas e diarreia.
A equipe da Universidade de Warwick, na Inglaterra, e da Universidade de Nápoles, na Itália, disse que comer produtos fonte de potássio e diminuir o sal do cardápio abriria espaço para diminuir em mais de um milhão o número de mortes globais por ano devido ao AVC. A publicação Journal of American College of Cardiology divulgou esses dados.