terça-feira, 20 de setembro de 2011

REMÉDIOS DE GRAÇA PARA HIPERTENSÃO E DIABETES


Baixos níveis de açúcar no sangue explicam por que obesos não resistem a impulsos alimentares


Pesquisadores da Universidade Yale (EUA) desenvolveram um estudo com o objetivo de avaliar porque obesos têm mais dificuldades de controlar seus impulsos de consumir alimentos calóricos ou com muito açúcar.
Quando pessoas de peso normal sentem fome, o organismo envia sinais ao cérebro que o informam que o corpo precisa de alimento. Quando essa necessidade é preenchida, o organismo se sente satisfeito e não volta a ativar o cérebro por esse motivo por aproximadamente 5 horas. Mas em pessoas obesas, o corpo pode sentir necessidade de comer apenas pouco tempo após já ter se alimentado.
Em um experimento, os pesquisadores fizeram ressonâncias magnéticas em pessoas saudáveis, sendo que alguns indivíduos eram obesos. A ressonância mostrou que quando os níveis de glucose no sangue caem, a região do cérebro que regula impulsos não consegue controlar a vontade de que doces e lanches calóricos sejam consumidos. Uma comparação entre os resultados dos voluntários obesos e não obesos mostrou que em obesos esse impulso é especialmente forte.
Outro resultado encontrado pelos pesquisadores mostra que em pessoas de peso normal, o desejo de comer alimentos calóricos desaparecia quando ela se alimentava e os níveis de açúcar no sangue se normalizavam. Já em pessoas acima do peso, o consumo de alimentos não reduzia o desejo. Isso pode indicar que em obesos, o mecanismo de restrição associado à glicose foi perdido, explicando porque essas pessoas sentem vontade de comer pouco tempo depois da última refeição.
O estudo fornece informações que podem ajudar a compreensão do motivo pelo qual obesos com níveis flutuantes de açúcar no sangue têm mais dificuldades para resistirem a alimentos que podem ser prejudiciais à sua saúde e proporcionarem ganho de peso.

domingo, 18 de setembro de 2011

Rir é o melhor remédio para a dor


Dizem que ir é o melhor remédio, e, segundo pesquisadores na Grã-Bretanha, para dor ele é mesmo. Mas não é um risinho tímido, mas uma boa gargalhada, daquelas que fazem rir quem estiver do seu lado.
Robin Dunbar, diretor do Instituto de Antropologia Social e Cultural da Universidade de Oxford, na Inglaterra, diz que assistir apenas 15 minutos de uma comédia pode diminuir a dor em até 10%.
Para o experimento, pacientes foram divididos em dois grupos, um que assistiu comédias como “Mr. Bean” e “Friends”, e o segundo que assistiu programas de TV sobre golfe.
“Existem poucas pesquisas que tentam explicar o porquê rimos e qual o papel ele desempenha na sociedade”, diz Dunbar. Usando microfones, os cientistas gravaram as reações dos voluntários, e constatou-se que os que assistiam comédia riram por um terço do tempo. A tolerância à dor desses participantes aumentou em conseqüência disso.
"Nós acreditamos que o efeito é provocado pela corrida da endorfina no corpo, o que pode explicar por que o riso desempenha um papel tão importante em nossas vidas sociais", diz Dunbar.
“Quando as pessoas riem de forma intensa, o esforço físico os deixa exaustos e desencadeia a liberação de endorfinas de proteção - um dos produtos químicos neuropeptídeo complexo produzido no cérebro, que controla a dor e promover sentimentos de bem-estar”, explica.
O estudo foi publicado online em Proceedings of the Royal Society B.

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Excesso de sal pode causar danos à visão


Pesquisas mostram que a população brasileira consome muito mais sal do que a quantidade recomendada pela Organização mundial de saúde (5 gramas por dia para crianças e idosos e 6 gramas para adolescentes e adultos). Esse fator (dentre outros como a falta de informação e envelhecimento) contribui para o aumento de casos de hipertensão arterial – doença que já atinge 57 milhões de pessoas no país.
O que poucas pessoas sabem é que, dependendo do quadro da doença, a hipertensão pode prejudicar os vasos e artérias da retina. Essa estrutura é a membrana do olho onde as imagens são formadas, e os danos causados a ela podem levar à cegueira. As mudanças vasculares que podem causar a perda da visão são: arteriosclerose (enrijecimento e estreitamento de vasos e artérias), isquemia (interrupção da circulação do sangue até a retina e formação de neovasos), hemorragia (devido ao afinamento dos vasos e artérias) e edema do disco óptico (devido à formação de depósitos, estreitamento de artérias e dilatação de veias).
O principal problema é que como a hipertensão arterial é assintomática, a maioria das pessoas não sabe que são portadoras e somente procuram o oftalmologista quando a retina já está danificada. “O olho é a porta de entrada para prevenir os danos da hipertensão porque é a única parte do corpo que permite visualizar seus efeitos”, explica Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier. Existe um exame de fundo de olho, a fundoscopia, que é capaz de diagnosticar os danos causados aos olhos ainda no estágio inicial da condição.
O melhor combate a qualquer doença é sempre a prevenção. Para evitar a hipertensão arterial e as complicações que surgem a partir dela, é extremamente importante que as pessoas estejam atentas às quantidades de sal ingeridas e outros comportamentos. O consumo de álcool e cigarros devem ser evitados, o indivíduo deve praticar atividades físicas regularmente e incluir ômega 3 em sua alimentação, substância que auxilia a circulação do sangue na retina.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Controle de consumo de sal pode reduzir número de óbitos


A quantidade de sal consumida atualmente pela população brasileira é alarmante. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os adolescentes do país consomem 70% de sal a mais do que o limite recomendável de 2,300 mg por dia. Os homens entre 19 e 59 anos ultrapassam esse número em 88,7% e as mulheres em 69,7%.
O excesso de sal pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares e renais. Essas condições são particularmente perigosas por progredirem silenciosamente e serem de difícil diagnóstico, sendo muitas vezes identificadas somente em estágios avançados.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), se as pessoas adaptassem o seu consumo de sal às recomendações médicas, haveria uma redução considerável no número de mortes causadas a cada ano por doenças cardiovasculares. Atualmente, essas condições provocam 315 mil óbitos anuais.
Uma das maiores preocupações dos médicos são os alimentos industrializados. De acordo com Carlos Alberto Machado, porta-voz da SBC, “a SBC se aliou à Anvisa para que os fabricantes de alimentos industrializados sejam obrigados a divulgar nos rótulos das embalagens alertas sempre que o produto tiver quantidade elevada de gordura saturada, gordura trans, sódio e açúcar”. Por decisão judicial, essas medidas estão temporariamente impedidas. A organização espera que em breve elas sejam validadas.
A redução da quantidade de sal usada nas receitas não afeta o sabor do alimento, fato que foi debatido em reunião com o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (ABRASEL). “Sabemos que não há necessidade de tanto sal nos alimentos, tanto que em recente reunião com o ABRASEL, os representantes da entidade confirmaram que há uma tendência entre os associados a reduzirem o uso do sal nos alimentos servidos. Eles comprovaram que uma redução de 20% do nível de sódio não afeta nem o sabor nem a qualidade dos mesmos, que continuam tendo plena aceitação dos consumidores”, completa Machado.
Dessa forma, parece não haver motivos para o excesso de sal nos alimentos. O controle do consumo desse alimento é um passo importante para a prevenção de doenças e a manutenção da boa qualidade de vida em todo o país.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mitos sobre o câncer de mama confundem a população


O câncer de mama é atualmente a principal causa de morte causada por tumores em mulheres no Brasil. A falta de informação das pessoas a respeito da doença colabora para a piora desse quadro.
Diversos mitos a respeito da doença se espalham através do boca a boca. São afirmativas que dizem, por exemplo, que o uso de desodorantes e sutiãs apertados favorece o desenvolvimento do câncer de mama. Outros mitos comuns são os de que o implante de próteses de silicone e o consumo de leite de origem animal podem aumentar as chances do surgimento da doença. Essas informações não são baseadas em estudos ou pesquisas científicas, portanto são equivocadas e irreais.
Porém, algumas das crenças do senso comum estão corretas. Emoções negativas (como mágoas, raiva e estresse) podem contribuir para o surgimento da doença, assim como deficiência de vitamina D, o consumo de álcool, o tabagismo e o histórico familiar. Também é verdade que a doença está associada à idade, e com o envelhecimento as chances de o câncer ser desenvolvido são maiores. Outros fatores que favorecem o câncer são gestações tardias ou a ausência de gestações.
Como o câncer de mama ainda não é inteiramente compreendido, fica difícil saber quando se pode confiar ou não em um rumor. Por isso, a opinião de um profissional é essencial. O Dr. Armândio Soares, diretor da Oncomed Belo Horizonte, explica que “ainda há muito o que ser pesquisado e estudado, por isso, conversar com um médico é sempre o melhor caminho para esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto”.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Perda de peso pode melhora a vida sexual de diabéticos


Muitos homens diabéticos enfrentam problemas urológicos e disfunção erétil, mesmo que a diabetes esteja bem controlada. Esses problemas podem ser tratados com medicamentos, mas um estudo desenvolvido na Universidade de Adelaide (Austrália) aponta que a perda de peso é tão eficaz quando o uso de remédios.
O Dr. Gary Wittert, um dos pesquisadores do estudo, afirma que “medicação é cara, cuidado médico é caro. Aqui está uma mudança de estilo de vida que é rápida, barata, fácil e pode melhorar a saúde substancialmente além de qualquer coisa que a medicação pode fazer”.
O estudo acompanhou um grupo de 31 homens obesos com diabetes tipo 2. Após designarem diferentes dietas para os participantes e esses terem perdido de 5 a 10% de seus pesos, os pesquisadores analisaram como o emagrecimento havia afetado a vida sexual desses homens.
“Mesmo sem levar a diabetes em conta, homens obesos têm chances 1,2 maiores de terem disfunção erétil”, explica Wittert.
Os resultados da análise mostraram que os homens que perderam peso viram melhoras significativas em saúde urológica e sexual. Participantes que antes do estudo enfrentavam disfunção erétil severa passaram enfrentar versões brandas da condição. Os níveis de inflamação nos corpos desses homens também foram reduzidos, o que pode ter ajudado no melhor funcionamento do órgão sexual.
Wittert acredita que a perda de peso através de exercícios físicos pode ter efeitos diferentes do que o emagrecimento obtido com dietas. “Os problemas urológicos relacionados à obesidade poderiam ser hormonais, eles poderiam estar relacionados aos nervos, nós não sabemos. Mas exercícios tem uma série de efeitos potenciais que não são estritamente relacionados à perda de peso”, completa.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Inverno pode complicar alergias oculares

O clima seco do inverno pode trazer complicações para alergia ocular e piorar os sintomas da condição.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 57 milhões de brasileiros são alérgicos. 6 em cada 10 pessoas desse grupo sofrem de alergias nos olhos.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, explica que o ar seco é um fator que interfere na condição. “A estiagem aumenta a concentração de poluentes no ar e agrava a doença da mesma forma que acontece com a sinusite, asma ou rinite. O ar seco também aumenta a evaporação da camada aquosa da lágrima. Por isso, junto com a alergia pode ocorrer olho seco, inflamação da borda das pálpebras ou das glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa do filme lacrimal”. Não existe cura para as alergias, apenas tratamentos que aliviam os sintomas, como a coceira, a vermelhidão e o inchaço.

Em algumas pessoas, duas condições se manifestam simultaneamente – a rinite e a conjuntivite alérgica. Para esses pacientes, o tratamento é feito com anti-histamínicos sistêmicos e corticóides nasais, mas algumas pessoas respondem somente aos colírios. Nesses casos, o mais importante é evitar recaídas. Colírios com corticóides são indicados em crises severas de alergia, mas o seu uso aumenta as chances de a pessoa desenvolver catarata e glaucoma. Além disso, reincidências podem causar o ceratocone, uma doença que atinge a córnea, levando à sua deterioração.

Para prevenir as crises, Queiroz Neto aconselha que a pessoa evite coçar os olhos. Essa atitude enfraquece as fibras de colágeno dos olhos e incentiva a produção da histamina, o que aumenta mais ainda a coceira. Também é importante evitar plantas e animais com pelo, manter os ambientes arejados e limpos e substituir vassouras por aspiradores de pó e panos úmidos.

Para evitar que os olhos fiquem secos, o médico afirma que o paciente deve beber pelo menos dois litros de água por dia e usar óculos que impeçam que o filme lacrimal evapore. Ao primeiro sinal de irritação nos olhos e outros sintomas, um oftalmologista deve sempre ser consultado.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Café da manhã rico em ferro ajuda a prevenir anemias

Documento publicado pela UNICEF e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que mais da metade das crianças brasileiras em idade pré-escolar tem anemia. A grande causadora disso é a deficiência de ferro.

Segundo Silvia Cozzolino, nutricionista professora da Universidade de São Paulo (USP), a anemia está ligada aos hábitos alimentares e não à dificuldade de acesso ao alimento, como acontecia há algumas décadas. “Uma evidência clara disso é que o problema atinge todas as classes sociais, sem distinção”, diz.

O ferro desempenha papel fundamental no crescimento infantil, pois atua em várias funções importantes, como o transporte de oxigênio para as células, desenvolvimento do sistema imunológico e fornecimento de energia rápida para os músculos. A carência de ferro pode prejudicar o desenvolvimento físico e intelectual infantil, além de resultar em apatia e desânimo.

Para prevenir e solucionar esse problema, a nutricionista recomenda a ingestão de alimentos ricos em ferro, como a carne vermelha, leguminosas (feijões) e cereais integrais. “Quando o consumo de carne, que é a principal fonte de ferro, é menor que o recomendado, para se garantir a quantidade de ferro disponível para absorção é preciso ingerir uma grande quantidade de outros alimentos para compensá-lo, o que dificulta muito chegar ao nível ideal”, explica a nutricionista.

Crianças entre nove e 13 anos devem consumir 8mg de ferro por dia, e a ingestão deve começar logo na primeira refeição do dia. Segundo Cozzolino, o café da manhã deve fornecer 25% dos nutrientes diários necessários, e garantir o percentual de ferro logo nessa refeição é o ideal.

É possível encontrar ferro em alimentos fortificados, como em alguns cereais matinais, mas também em combinações como banana e cereais, misto-quente com suco de laranja, e até no tradicional pão com margarina e café com leite.